terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Faz hoje duas semanas...

Há duas semanas fui operado, a recuperação está a correr bem, estou de baixa ate dia 27 de Janeiro.

Solidariedade é preciso.

Este natal as instituições de solidariedade receberam menos donativos que no ano passado, em minha opinião isto é mais importante do que os 380 milhões de euros movimentados nas vésperas de natal, e que tanto furor t~em feito ns notícias nos últimos dias.
Era neste ponto que os meios de comunicação se deveriam focar e não em futilidades.
Infelizmente em Portugal existem pessoas, devido a circunstâncias da vida,a passarem esta quadra sozinhos ao abandono, famílias sem nada na mesa na noite da consoada, sem amor, sem carinho esquecidas pela sociedade, e são as instituições de solidariedade que levam a alegria, amor, esperança a todas estas pessoas nesta quadra. E para que isto aconteça precisam de apoio, donativos e de serem lembradas pela comunicação social.

Cheias ameaçam o Peso da Régua.

Devido ao mau tempo, a subida do caudal do Rio Douro está a preocupar os habitantes do Peso da Régua.
Teme-se que a zona ribeirinha do Peso da Régua venha a ser atingida pelas cheias.

Crise qual crise?

Todos os anos, por esta altura, os noticiários, os jornais fazem reportagens sobre quanto os portugueses gastaram no natal.
Para mim, devo confessar, os números valem o que valem, acho que é lixo noticioso fazerem estas reportagens pois dizerem que os portugueses gastaram em média este natal 470 euros, faz parecer que os portugueses vivem bem , e todos nós sabemos que não é bem assim a realidade.
Muitas famílias contribuíram com ZERO euros para esta estatística
No dia 23 de Dezembro os portugueses movimentaram mais de 380 mihões de euros. É o tílulo de várias reporagns nos jornais de hoje, mas será que foram todos os portugueses?
Quando toda a gente fala da crise eu pergunto, a nossa crise será só uma crise financeira ou uma crise de valores que arrasta consigo a crise financeira?

sábado, 26 de dezembro de 2009

Frio vai continuar a andar por estas bandas...

O frio ainda não deixou a nossa região, este deverá passar cá mais uns dias e em princípio passará ano novo connosco.

A solução para tirar o país da crise...

Existem empresários que tiveram a brilhante ideia de acabarem com os feriados em Portugal para que haja ma maior produtividade no país.
Para cúmulo eram o exemplo do feriado do 1º de Dezembro, dia da independência, dizem eles que a Espanha é o nosso principal parceiro comercial e que fica mal celebrar este feriado nos tempos que correm.
Existem no mundo 53 países, incluindo Portugal, onde existe o feriado do dia da independência, mais 5 países onde existe o feriado de libertação.
Que eu saiba em nenhum destas países houve alguma proposta para se deixar de comemorar essas data histórica.
Quando cada vez mais os jovens se desleixam sobre a história de Portugal, um dos países mais antigos da Europa, esta proposta a ser aceite mata, em parte, a história e cultura de Portugal.

sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Um santo e feliz natal...

Espero que todos os leitores deste meu blog tenham passado um feliz natal na companhia das pessoas que mais amam.

Resultados do campeonato de futsal 1 divisão

Olivais 6 - Boticas 6
AAUTAD/Realfut 3 - Mogadouro 5

Chaves vence Covilhã...

No domingo, com temperaturas muito baixas, o Chaves venceu em casa o Covilhã por 3/1.
Os golos foram marcados por Bruno Magalhães, Clemente, e Diop para o Chaves, e Pizzi para o Covilhã.
Com este resultado o Chaves subiu ao 5º lugar da Liga Vitalis.

Caros leitores....

Por motivos de saúde, fui operado dia 15 de Dezembro, só hoje é que tive oportunidade de voltar escrever no blog.
Comigo está tudo bem agora segue-se o longo tempo da recuperação.

domingo, 13 de dezembro de 2009

Resultados Futsal 1 divisão Nacional

Belenenses 9 - AAUTAD/Realfut 0

Pastor salva militares...

Dois militares do Centro de Tropas Comandos de exército foram resgatados, na zona das fisgas de Ermelo, no Parque Natural do Alvão, numa operação de socorro de grande dificuldade e que exigiu mesmo a experiência de um pastor na avaliação do terreno.
Sérgio Alves, pastor há mais de 35 anos, foi chamado pela Guarda Nacional Republicana para prestar apoio no socorro aos dois militares.

Chaves vence o carregado...

Este domingo,no Cartaxo, em virtude do estádio do Carregado ser sintético e por esse motivo a liga não aprova lá jogos oficiais,o Grupo Desportivo de Chaves venceu por 2/1.
Ambos os golos foram marcados por Carlos Pinto.

Resultados Futsal 1 divisão Nacional

Boticas 11 - Onze Unidos 3
Belenenses - AAUTAD/Realfut (dia 13/12/2009)
Mogadouro 4 - Instituto D. João V 2

Imagem da famosa porca de Murça

Visita a Murça...

Hoje fui visitar os meus familiares a Murça, e cada vez que lá vou a vila está diferente para quem como eu conhece Murça há muitos tempos tenho que dizer que na última década cresceu muito.

sábado, 12 de dezembro de 2009

Excelente conferência do professor doutor Daniel Serrão...

O professor Daniel Serrão deslocou-e a Vila Real a convite dos Lions Clube de Vila Real para participar numa conferência sobre "a Família".
Concorde-se ou não com o professor Doutor Daniel Serrão, com um pensamento lúcido, mostrou, em sua opinião, a contribuição da família para o progresso do homem e da sociadade.
Penso que ele poderia ter aprofundado mais um pouco,nomeadamente na parte das novas tecnologias / família, falando para uma plateia em sua maioria de pensamento conservador, esteve bem na sua resposta, a uma pergunta vinda do público, sobre o casamento homossexual, não concorda com o casamento em si mas respeita quem é homossexual e que dever ser atribuídos direitos a pessoas do mesmo sexo morando juntas, disse que as pessoas homosexuais não são doentes e até deu uma explicação sobre o porque de alguns homens serem homossexuais.
Sendo assim podemos dizer que foi muito bom ouvir sábias palavras.

Moreru o Mauro...

O Mauro morreu esta Sexta - feira, numa clínica francesa, vitima de ataque cardíaco.
O Mauro foi um lutador que durante 3 anos lutou contra uma leucemia.
Descansa em paz Mauro.

Para que serve o grémio literário Vilarealense?

Quinta feira desloquei-me á biblioteca de Vila Real, para assistir uma palestra sobre um poeta transmontano, Fernão de Magalhães Gonçalves, natural de Jou, concelho de Murça.
Mas durante a palestra em vez de dissertarem sobra a obra de Fernão de Magalhães Gonçalves, só falaram sobre a sua vida privada, chegando ao cúmulo de mostrarem num PowerPoint o seu bilhete de identidade e a sua carta de condução.
Se é para isto que serve o grémio não contem comigo para mais palhaçadas será que o grémio existe só para justificar o pagamento a alguém?

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Dia calmo na assembleia da República...

Afinal existe educação nos deputados , até ao momento, ainda não se verificou qualquer falta de educação do debate de hoje.
Parabéns senhores deputados, eu sei que para alguns de vocês deve ser muito difícil ser educado.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Qualquer musica serve para a quadra natalícia?

Hoje, meu primeiro dia de férias ao passear pelo centro histórico de Vila Real, reparo que as músicas que passavam nas aparelhagens sonoras montadas no centro histórico devida ao natal nada tinham a haver com o natal.
Aqui fica o meu repara para a Câmara Municipal e Associação Comercial e Industrial de Vila Real

2 heróis 2 lutadores...

Um chama-se Mauro tem 23 anos e é de Vila Real sofre de leucemia.
O outro herói não é um herói mas sim sim uma heroína tem apenas 4 anos chama-se Carmen e também sofre de leucemia.
Para quem quiser acompanhar as lutas destes heróis contra a leucemia deixo aqui os blogues deles.
Mauro:
www.mauro-lutapelavida.blogspot.com/
Carmen:
carmenpine.blogspot.com/

Meio ano de vida do cartas da província.

Iniciei este blog em Junho tem agora meio ano, não tem muitas visitas sem seguidores, aliás este deve ser dos blogs menos conhecidos... e eu ralado com isso

Mais vergonha na assembleia...

Hoje numa reunião de Comissão de saúde, em que estava presente a Ministra Ana Jorge, uma deputada do PSD, Maria José Nogeira Pinto, e um deputado do PS, Ricardo Gonçalves, insultaram-se.
Penso que deveria haver uma lei com que fizesse que estas personagens fossem expulsas do parlamento e só lá voltarem noutra legislatura ou quando fossem bem educados.

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Já começou a Cimeira em Copenhaga...

Será desta que os líderes mundiais e organizações ambientais vão chegar a um acordo final para salvarmos o planeta?
Todos nós temos o dever de zelar pelo nosso planeta.

Sorteio da taça de Portugal

O Chaves vai receber o Beira Mar.
O jogo é dia 20/01/2010

Jogo a transmitir pela sport tv na proxima jornada da liga vitalis...

Portimonense / Feirense
Portimonense assinou algum contrato de exclusividade com a sport tv?
Querem levar á força toda o Portimonense á liga sagres?
Será que só existe uma equipa a jogar na liga Vitalis?

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Estarão clubes a ser levados ao colo na Liga Vitalis?

Vejamos os jogos transmitidos pela sport tv após 12 jornadas:
Portimonense – 9 jogos
Feirense -6 jogos
Gil Vicente – 6 jogos
Santa Clara – 5 jogos
Beira-Mar – 3 jogos
Desp. Aves – 3 jogos
Sp. Covilhã – 3 jogos
Penafiel – 3 jogos
Freamunde – 3 jogos
Fátima – 2 jogos
Varzim – 2 jogos
Carregado – 2 jogos
Trofense – 1 jogo
Estoril Praia – 1 jogo
Oliveirense – 1 jogo
Chaves – 1 jogo

Chaves empata com o Trofense

O Grupo Desportivo de Chaves empatou a uma bola, em sua casa, com o Trofense
O golo do Chaves foi marcado por Carlos Pinto.

domingo, 6 de dezembro de 2009

Resultados Futsal 1 divisão Nacional (13ª jornada)

Mogadouro 3 - Fundão 2
Boticas 7 - AAUTAD/Realfut 2

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Resultados Futsal 1 divisão Nacional

Sporting 5 - Mogadouro 2
Instituto D. João V 4 - Boticas 3
AAUTAD/Realfut 1 - Freixieiro 6

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

12ª Edição da FAG - Feira 12ª Edição da FAG - Feira de Artesanato e Gastronomia

Ontem, terça-feira, fui visitar a Feira de Artesanato e Gastronomia.
Gostei do que vi os produtos bem expostos, o público vilarealense mais uma vez aderiu, só constatei um pequeno senão deveria haver um pequeno palco para os grupos e ranchos folclóricos actuarem porque ao actuarem no centro da feira fez com que houvesse alguma confusão para as pessoas se deslocarem.

Cimeira Ibero Americana...

Portugal foi o anfitrião da XI) Cimeira Ibero Americana o tema desta cimeira foi Inovação e Conhecimento (vamos ver quais serão os avanços dos países ibero americanos nestas áreas).
Mas parece que foi o caso das Honduras que dominou a cimeira. É como se na Cimeira de Copenhaga em vez de se discutir o clima, se venha a discutir o plano de saúde do Obama, o a crise no Dubai, ou o escândalo do jogo de futebol entre a França e a Irlanda.

Começou uma nova era para União Europeia...

O Tratado de Lisboa entrou em vigor.
Um tratado em que os políticos tiverem medo da escolha do povo, salvou-se de início a Irlanda, mas com a pressão da Comissão Europeia e os líderes dos países mais influentes, o não que ganhou no 1º referendo, teve que ceder ao sim no 2º referendo, pois caso o não voltasse a ganhar haveria um 3º, se fosse preciso um 4º, ou um 5º, ou até mesmo um 6º.
Nunca fui na conversa de alguns políticos e comentadores, de que este tratado era um orgulho para Portugal e que ficava na história porque foi redigido em Portugal.
Meus amigos para a história vai ficar somente isto o povo não foi escutado.

Parabéns Portugal!!!

Desemprego ( 10,4% ) 4º maior da U.E. ( Média da U.E. 9,2%)
(In)justiça é só ver o tempo que a justiça demora e os diferentes acessos dos ricos em relação aos pobres
Corrupção ( é só lembrar dos casos freeport, portucale, submarinos, face oculta, derrapagens nas obras públicas, finasnciamento dos patidos políticos)
Economia (uma das mais fracas da zona euro)
Desigualdade social (candidatos no mínimo ao pódio)

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Mike Patrick abandona S.C. Vila Real

O treinador Mike Patrick que há cerca de um mês ocupa o lugar do ex-técnico Carlos Manuel, despediu-se do Vila Real no último sábado, no final do jogo em que o Vila Real empatou com o Alijoense, formação que lidera o campeonato distrital.

Uma boa iniciativa...

O Núcleo de Alunos de Engenharia de Reabilitação e Acessibilidade Humanas da UTAD vai organizar, na quinta-feira, um "Jantar Sem Mãos". A iniciativa vai decorrer na cantina Além Rio e pretende mostrar aos participantes “como poderão superar algumas dificuldades, num acto tão banal como a alimentação, em situação de incapacidade temporária ou permanente dos membros superiores”.

Imagens de Trás - os - Montes com neve...




Neve já Chegou a Trás - os - Montes

A neve chegou a Trás - os - Montes várias estradas estiverem cortadas, nas terras mais altas caiu neve.
Mas a pronta intervenção da protecção civil e dos bombeiros fez com que as estradas estivesse cortadas por pouco tempo. Desse modo devemos de saudar a intervenção da protecção civil e dos bombeiros.

O défice...

Daqui a pouco tempo o défice pode ser uma equipa de futebol já vai nos 8 e daqui a pouco estará nos 11.

Quem diria...

Ao que parece o ROBALO pode ser a testemunha chave no processo face oculta.

AMI procura voluntários em Bragança

A falta de voluntários é um dos principais entraves ao desenvolvimento do trabalho da AMI no distrito de Bragança.
Actualmente a distribuição de alimentos no distrito tem estado impossibilitada não só pela falta de voluntários como pela falta de instalações que permitam o acondicionamento de produtos alimentares.
O núcleo da AMI em Bragança conta com cerca de 20 voluntários e procura envolver mais pessoas nesta missão. Qualquer pessoa pode voluntariar-se para ajudar, através do site da Internet ou dirigindo-se ao núcleo, situado junto à sede do Mãe d’Água.

Procura social aumentou em Bragança

A procura de ajuda social está a aumentar em Bragança e é cada vez mais sentida pelas instituições sociais e pelas associações.
A crise desde que chegou está com muita força em Trás - os - Montes, infelizmente a tendência não é para melhorar nos próximos tempo.

devido há crise mais famílias vilarealenses pedem ajuda ao banco de voluntariado.

O número de famílias que recorrem ao Banco de Voluntariado e Doação de Bens, em Vila Real já subiu para 400. A conjuntura económica, os salários “curtos”, o desemprego e as elevadas despesas obrigam muitas famílias a procurar ajuda. Com a chegada do Natal aumentam ainda mais as visitas ao banco de doação por parte de quem necessita.

Jorge Gomes é o escolhido para Governador Civil de Bragança.

Jorge Gomes vai assumir novamente o cargo de governador civil do distrito de Bragança.

Alexandre Chaves continua como governadr civil de Vila Real

Alexandre Chaves continuará a ser o Governador Civil no distrito de Vila Real.

Conceição Pinhão, bem merece uma condecoração no dia 10 de Junho.

Fábrica de confecções de Arcos de Valdevez comprada por um euro por uma trabalhadora, Conceição Pinhão, após uma tentativa de deslocalização para a República Checa e o desaparecimento dos proprietários há 5 anos, resistiu à crise e já quase triplicou a facturação.

A. pouca vergonha do poder político...

José António Saraiva, director do “Sol”, «assumiu ter “recebido dois telefonemas, por parte de pessoas próximas do primeiro-ministro, dizendo que, se não publicássemos notícias sobre o Freeport, os nossos problemas se resolveriam”. Em declarações, no domingo passado, ao “Correio da Manhã”, o director explicava que o jornal estava com um problema grave de tesouraria e que, depois da publicação das primeiras notícias sobre o outlet de Alcochete, “uma linha de crédito que tínhamos no BCP foi interrompida”.
Num pais civilizado, isto era investigado, mas em Portugal nada se faz porque os políticos não têm vergonha de fazer isto ás descaradas, pois já sabem que nada lhes acontece.
Em Portugal reina a pouco vergonha.

Chaves vence em Barcelos o Gil Vicente.

O Chaves venceu este Domingo o Gil Vicente por 3/0.
Os golos foram marcados por, Carlos Pinto 60m, Castanheira 75m e Cássio Baptista 90m.
Com os últimos resultados o Chaves tem vindo a recuperar bem.
Força Chaves.

domingo, 29 de novembro de 2009

Resultados Futsal 1 Divisão Nacional

Mogadouro 3 - Fundação Jorge Antunes 6
Boticas 7 - Fundão 2
Olivais 4 - AAUTAD/Realfut 1

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

"Corrida de São Silvestre reverte a favor de jovem com leucemia"

No próximo dia 19 de Dezembro terá lugar mais uma corrida de São Silvestre em Vila Real, com a particularidade de, este ano, toda a bilheteira reverter a favor de Mauro, um jovem vila-realense que sofre de leucemia, precisando urgentemente de fundos que possam suportar o seu tratamento no estrangeiro.“

naõ se esqueça II...

12ª Edição da FAG - Feira de Artesanato e Gastronomia
É já no próximo dia 27 de Novembro pelas 16H00, que é inaugurada a FAG – Feira de Artesanato e Gastronomia do Distrito de Vila Real, que decorre até 1 de Dezembro no Pavilhão de Exposições da Nervir em Vila Real, numa organização da Nervir – Associação Empresarial e da Câmara Municipal de Vila Real.

Não se esqueça...

De 1 de Dezembro a 12 de Dezembro em Bragança a IV Bienal da Máscara - Mascararte 2009.

os tradicionais caretos do nordeste transmontano...


terça-feira, 24 de novembro de 2009

A Lituânia vista pelo meu irmão

Situada no Leste Europeu, faz fronteira com a Letónia, Bielorrússia, Polónia e o enclave russo Kalinegrado, sendo Vilnius a sua capital (outras cidades importantes são Kaunas e Klaipeda). Juntamente com a Estónia e Letónia, formam os denominados Países Bálticos. É o país mais populoso destes 3 países, com mais de 3,2 milhões de habitantes.

Apesar de ser um país recente (fará 20 anos de independência em 2011), comemorou este ano o seu milénio de existência, podendo ser, assim, um país muito antigo. Desde 2004 que pertence à União Europeia, e em 2010 terá como moeda oficial o Euro, substituindo a Lita (vale aproximadamente 0,30€).

A primeira impressão quando cheguei a Vilnius por volta das 6h da manhã (proveniente de Tallinn) foi que estava na presença de uma cidade com muito movimento, onde ainda se viam alguns vestígios do tempo da União Soviética (edifícios abandonados e não recuperados),sendo uma sensação agradável estar numa cidade completamente desconhecida. De referir aquando da chegada a Vilnius, estava um rapaz, designado pela Universidade à nossa espera, para nos levar até à residência de estudantes e nos ajudar no que fosse preciso nos tempos seguintes (coisa que em Portugal praticamente não existe).

As principais diferenças entre lituanos e portugueses residem no facto dos lituanos darem muito valor à sua História e terem orgulho nela, dando-lhe muito valor, valorizando os edifícios e construindo novos espaços culturais (ex: o novo Palácio Real), as pessoas não se metem na vida uns dos outros, nem ficam a olhar à descarada à boa maneira portuguesa umas para as outras, são mais alegres e divertidas; fala-se muito inglês, principalmente entre os jovens, russo, polaco e alemão (é o país da União Europeia onde a taxa de adultos que falam mais que uma língua é maior –acima dos 90%). A nível económico vive-se melhor na Lituânia, apesar de ordenado mínimo ser mais baixo (está à volta dos 300€),com os preços dos produtos essenciais serem mais baratos,com destaque para as comidas, já preparadas, num hiper-mercado, para uma pessoa, custa entre 0,60€ a 1,5€.

A gastronomia lituana é diferente da portuguesa, sendo um prato típico lituano chamado de Zepelin, que é batata amassada em forma de Zepelin com carne picada lá dentro e o outro é a panqueca de batata com carne picada.

O clima lituano no Verão é mais ameno que o português, o máximo registado foram 28ºC, com chuvas intensas em Agosto.

A paisagem é muito verde, constituída essencialmente por carvalhos e não há presença de incêndios.

A principal religião na Lituânia é a Católica, sendo que existem comunidades Ortodoxas, Judaicas (durante a 2ª Guerra Mundial os nazis mataram mais de 90% dos Judeus existentes na Lituânia, a qual corresponde à maior taxa de Judeus mortos na Guerra) e Protestantes.

Em comum está o facto de cada vez mais jovens emigrarem para estudar/trabalhar em países que oferecem melhores condições.

Como conclusão, posso afirmar que foram 3 meses espectaculares, que me permitiram apreender conhecimentos na área em que estudo (arqueologia), ter contacto com uma cultura diferente e fazer novos amigos. É um país que está em desenvolvimento, que oferece boas condições de vida. Como o custo de vida é baixo, é um bom local para os portugueses irem de férias e conhecer este país.

Locais que visitei na Lituânia:

Vilnius – É a capital e principal cidade do país. Tem como principais monumentos a Catedral, a Torre do Castelo, a Universidade Antiga – fundada em 1517, as mais de 30 igrejas, estátua do Rei Mindaugas, estátua do Grand Duke Gedimina, entre outros.

Kaunas – segunda principal cidade, foi capital da Lituânia durante o período em que Vilnius foi parte da Polónia. Tem um museu único na Europa: Devil’s Museum (Museu dos Diados) que contém estátuas e figuras com as mais variadas representações do diabo. Aqui está localizado o único jardim zoológico do país. É a cidade lituana mais virada para o desporto.

Kernavé – primeira capital da Lituânia, actualmente é uma aldeia, situada a cerca de 30 km de distancia de Vilnius onde se realiza um festival de arqueologia experimental anual (já vai na XI edição). É lá que se encontra um Reserva Arqueológica com uma área superior a 2000 hectares, onde se pode encontrar presença humana desde o final do Paleolítico.

Trakai – segunda capital da Lituânia, actualmente é uma aldeia, localizada a Oeste e a cerca de 30 klm de distância de Vilnius. Nesta aldeia podemos encontrar um castelo numa ilha, sendo dos sítios mais visitados na Lituânia pelos turistas.

Klaipeda – terceira cidade mais importante da Lituânia, fica localizada no litoral.

Palanga – localizada no litoral, banhada pelo mar Báltico, é a zona de praia preferida pelos lituanos para ir à praia. Tem um museu do âmbar – “o outro do báltico”.

Nida – pequena aldeia, localizada no Istmo da Curlândia, é o ponto mais ocidental da Lituânia, é uma zona muito procurada pelos turistas estrangeiros, principalmente alemães, é um óptimo local para se fazer praia, já que é uma zona muito calma e a água não é muito fria; aqui podem-se visitar as dunas e observar a magnífica paisagem circunte.. O Istmo da Curlândia é o que separa a Lagoa Curónia do Mar Báltico.

Zarazai – cidade localizada no nordeste da Lituânia, perto da fronteira com a Letónia. Está rodeada de lagos, formando uma bela paisagem.

Dubingiai – pequena aldeia, localizada a cerca de 60 km a norte de Vilnius onde participei em trabalho arqueológico por 3 semanas, num palácio do século XI-XVII, pertencente a uma das famílias mais poderosas da história lituana.

Candidatura do novo quartel da Cruz Verde aprovada e pronta a avançar

Para melhorar o socorro à população e proporcionar melhores condições aos seus homens, a Associação Humanitária Bombeiros Voluntários da Cruz Verde vai ampliar e requalificar o seu quartel.

Mascararte traz Pinóquio gigante a Bragança

A máscara espanhola vai estar em destaque na quarta edição da Mascararte.

A Bienal da Máscara decorre em Bragança de 1 a 11 de Dezembro e este ano vai ter a participação especial de uma figura do imaginário infantil.

Depois da Máscara Angolana e da Brasileira, este ano, o evento centra-se nas tradições de Inverno espanholas e por isso o Museu Ibérico da Máscara e do Traje vai ser complementado com exemplares que vêm de outras regiões espanholas para além das que ali já estão representadas.

No último dia da bienal, Bragança vai receber um Pinóquio de oito metros de altura para participar nas festividades.

Vila Real e Bragança entre os três distritos com menor taxa de natalidade

Se por um lado as estatísticas vêm mais uma vez apresentar um cenário de envelhecimento da população transmontana, com uma redução do número de nascimentos em 2008, relativamente ao ano anterior, nos distritos de Vila Real e Bragança, por outro lado, a região destaca-se pela positiva quando se fala nos números da mortalidade infantil fetal e perinatal.
Segundo o relatório da Direcção dos Serviços de Epidemiologia e Estatísticas de Saúde sobre os registos da “Natalidade, Mortalidade Infantil Fetal e Perinatal”, divulgado no dia 17, em 2008, Bragança foi o distrito que apresentou a menor taxa de natalidade do país, com 6,3 nascimentos por mil habitantes, enquanto Vila Real, ocupa a terceira posição, com uma taxa de 6,9.
Entre os dois distritos transmontanos coloca-se a Guarda.

Obras do Túnel do Marão continuam suspensas

Desde o dia 10 que as obras do Túnel do Marão estão suspensas. Em causa está uma providência cautelar interposta devido à possibilidade dos trabalhos afectarem a nascente das águas do Marão. Depois da resposta por parte da concessionária da via, dentro de dias o tribunal deverá pronunciar-se sobre a continuidade da perfuração daquele que deverá ser o maior túnel da Península Ibérica.

Este blog...

ultrapassou hoje a barreira das 60 visitas.

Escutas de José Sócrates e Armando Vara

Se nas escutas entre Sócrates e Vara houver indícios de corrupção os Portugueses têm o direito de saberem se não existirem as escutas devem ser destruídas.

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Renasce a esperança do Mauro...

Os médicos franceses vão poder ajudar o Mauro na sua luta contra a leucemia.
Agora é esperar que tudo corra bem.
Para mais notícias consultem o blog:
www.mauro-lutapelavida.blogspot.com/

Resultados Futsal 1 divisão Nacional

Alpendorada 4 - Mogadouro 0
Sporting 10 - Boticas 3
AAUTAD/Realfut 6 - Onze Unidos 6

Chaves vence Serra e qualifica-se para os oitavos de final da taça de Portugal

O Chaves venceu este Domingo, no seu estádio, o U.D. Serra, por 2/0 e carimbou a passagem aos oitavos e final da taça de Portugal.
Os golos foram marcados por Mbaye Diop aos 28m e 65m.

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Tribunal manda parar as obras do túnel do marão...

Espero que as mesmas recomecem o mais rápido possível, para que seja inaugurada o mais rápido possível a auto estrada transmontana.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Portugal campeão mundial de escutas telefónicas...

É nisto que somos bons, em escutas, qual futebol,fado, vinho, cortiça.
Vamos fazer todos escutas uns aos outros.
Culpado ou não o cidadão José Sócrates aparece em escutas em dois casos de corrupção... se é tentativa de o destruir politicamente não sei, a única coisa em que o posso aconselhar é que escolha mwelhor os amigos.

o comezinho do dr. Mário Soares...

O antigo Presidente da República, Mário Soares, afirmou este domingo, que a investigação do caso “Face Oculta”, como questão política, não passa de um «problema comezinho».
Senhor Mário Soares, eu que sou um homem honesto, pago as minhas contas, não faço "jogadas por debaixo da mesa", venho por este meio pedir ao senhor dr. se me arranja um pequeno comezinho, porque isto de trabalhar não enriquece ninguém e eu quero ser menos pobre do que sou.

Sugestão...

O artista plástico Vilarealense, D´ângulos, expõe novamente os seus trabalhos no Centro cultural de Vila Real.
A exposição de correrá até 16 de Novembro.

Finalmente chegou a primeira Vitória em casa...

Chaves 2 - Penafiel o.
Chaves deixa a última posição.
Força Chaves.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Os pulhiticos e a cunhacracia de Portugal....

Parece que em Portugal os pulhiticos são cada vez mais. São casos atras de casos, currupção atrás de corrupção, é ler nos jornais o caso freeport, face oculta, caso portucale, caso dos submarinos.
Penso que a paciência dos portugueses para com os pulhiticos um dia vai acabar e depois quero ver como vai ser.
Quanto á cunhacracia essa já está nos nossos genes, não adianta ser PS, PSD, PP,CDU, BE ou outro partido a cunhacracia,está há muitos anos instalada entre nós

Chaves volta a perder

O Grupo Desportivo de Chaves perdeu com o Santa Clara por 3/0.
Com este resultado a equipa flaviense é cada vez mais última na Liga Vitalis.

domingo, 8 de novembro de 2009

Um apelo á solidariedade

Mauro Filipe, 23 anos, luta neste momento contra uma leucemia, uma esperança nasceu com a descoberta de uma clinica em França onde Mauro se pode curar, mas para isso Mauro conta com a ajuda de todos pois as despesas, tratamento de desloações são caras.
Seja solidário e ajude o Mauro, para isso basta fazer um donativo para a conta:
(BPI - 0010.0000.43753910001.70).

Casino de Chaves é o único que consegue fugir à crise

O Casino de Chaves registou, até Setembro, um aumento de receitas de cerca de 1,7 por cento, um valor que pode parecer mínimo mas que o coloca como o mais bem-sucedido no panorama actual das casas de jogo de Portugal.

Troféu Nacional Extreme – Rota Dura Extreme Enduro

O concelho de Vila Real recebe a 3ª etapa do Trófeu Nacional de Extreme, uma competição que se realiza pela primeira vez e que vai trazer às freguesias de Lordelo, Vila Marim, Mondrões, Parada de Cunhos e São Dinis os melhores praticantes portugueses de Enduro.

Forças de segurança e bombeiros recebem kits de protecção

Cerca de 60 litros de gel desinfectante, 700 máscaras e 3.200 pares de luvas serão distribuídas pela GNR, PSP e SEF como prevenção contra a Gripe A. Em comunicado, o Governo Civil de Vila Real adiantou ainda que serão distribuídos 3360 kits descartáveis de protecção às corporações de bombeiros.

Nacionais de ralicross de volta à pista automóvel de Montalegre

Ao longo deste fim de semana regressa a adrenalina ao circuito barrosão. Uma prova, para já, marcada pela fraca inscrição de pilotos.

Resultados do campeonato nacional de futsal 1º divisão

Mogadouro 8 - Vila Verde 5
Boticas 5 - Fundação Jorge Antunes 1
Benfica - AAUTAD/Realfut (adiado para 20/03/10)

Campeonato de futsal...

Aproveitando a vinda a Trás - os - Montes, para jogar com o Mogadouro e o jogo de atraso, da 4ª jornada o Benfica pediu á AAUTAD/Realfut para jogarem já o jogo da 20ª jornada pedido feito pedido aceite.
O Benfica começou o périplo por Trás - os - Montes com uma vitória em Mogadouro por 7/6, seguiu-se Boticas e nova vitória desta vez por 6/1, Finalmente venceram a AAUTAD/Realfut por 5/1.

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Vila Real tem o primeiro aeródromo do continente com tecnologia GNSS

A Organização da Aviação Civil Internacional aprovou, no final de Outubro, as cartas de aproximação com base na tecnologia GNSS do Aeródromo de Vila Real, um instrumento de rádio ajuda que aumenta substancialmente a sua segurança no que diz respeito à aproximação das aeronaves e que não exige manutenção.

Boticas recebe hoje o Benfica

O Grupo Desportivo de Boticas defronta hoje, em casa, o Benfica, num jogo que, marcado para as 20h00, representa o cumprimento da quarta jornada do Campeonato Nacional de Futsal. Aproveitando a vinda à Trás-os-Montes, a equipa da Luz vai jogar com a AAUTAD/Realfut no sábado, na Nave de Desportos, pelas 18h00.

Incêndio destruiu parcialmente instalações da Rádio Santa Marta

Um incêndio ocorrido, pelas 9h40 de ontem, num edifício que serve de apoio ao funcionamento da Rádio Santa Marta, provocou muitos estragos e calcinou grande parte das instalações onde funciona esta emissora. A pronta intervenção dos bombeiros evitou que as labaredas destruíssem o estúdio.

Nuno Pinto ascende a treinador principal no Grupo Desportivo de Chaves

Ricardo Formosinho já não é treinador do Chaves e para o seu lugar foi promovido o adjunto Nuno Pinto. A medida não é provisória e é para levar a sério até ao final da temporada, garantia dada pelo presidente.
Ao lado de Nuno Pinto vão manter-se os restantes elementos da anterior equipa técnica:Diamantino, Kasongo e Pedro Reuff.

Vamos agora ás semanas do caloiro em...

Vila Real: de 5 a 10 de Novembro
Dia 5: Serenata e Leonel Nunes
Dia 6: Quem é o Bob e Flow 212
Dia 7: Line 6, Blind Zero e Dj Kika Lewis
Dia 8: Baile do Caloiro
Dia 9: Makongo
Dia 10: DinisRodrigues, Quim Barreiros

Bragança: de 3 a 7 de Novembro
Dia 3: Tunas e Dj´s
Dia 4: Virgem Suta e Dj Pedro Casanova
Dia 5: Makongo
Dia 6: Quim Barreiros e Leonel Nunes (de tarde é o desfile)*
Dia 7 Boss AC

*À semelhança do ano passado, vão integrar o desfile os pauliteiros de Miranda, os caretos e alguns exemplares de burros mirandeses. Com esta iniciativa a associação pretende dar maior dinâmica ao desfile e mostrar aos novos estudantes algumas características da cultura transmontana.

IVDP mereceu voto de louvor de Jaime Silva

Foi publicado hoje, em Diário da República, um voto de louvor à direcção do Instituto do Vinho do Douro. Ao cessar funções, Jaime Silva, ex-ministro da Agricultura, sublinhou “a experiência profissional, a elevada capacidade de trabalho e as qualidades pessoais” do presidente e vice-presidente daquele organismo sediado na Régua.

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Confraria da castanha anunciada na Castmonte

Vai ser criada a confraria da castanha do concelho de Valpaços. Esta uma das novidades que será apresentada na 13ªedição da Castmonte 2009 (Feira da Castanha), que decorre nos dias 6,7 e 8 de Novembro, em Carrazedo de Montenegro.

Este ano, a Feira da Castanha contará ainda com o primeiro Salão de Vinhos.


Resultados Futsal 1 divisão Nacional

Mogadouro 6 - Benfica 7
Alpendorada 5 - Boticas 3
Instituto D. João V 5 - AAUTAD/Realfut 2

Chaves empata e Formosonho demite-se

Este Domingo, o Grupo Desportivo de Chaves empatou a uma bola com Freamunde, em virtude deste resultado, Formosinho abandonou o cargo de treinador do desportivo.
Com este resultado o Grupo desportivo de Chaves continua em último sendo a única equipa da liga Vitalis que ainda não ganhou em casa.

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Este fim de semana vá até Vinhais...

Para visitar Rural Castanea 2009.
A Festa da Castanha regressa a Vinhais de 30 de Outubro a 1 de Novembro. São três dias repletos de actividades dedicadas ao sector e que prometem atrair produtores, agricultores ou, simplesmente, curiosos.
A Rural Castanea dá a conhecer, assim, novidades gastronómicas, iniciativas desportivas ou, apenas, workshops, como as Jornadas do Castanheiro.

EDP vai indemnizar agricultores de Bragança

Está ultrapassado o diferendo entre a EDP e um grupo de 46 proprietários do concelho de Bragança que no início do ano se queixou de um corte abusivo de quase 1500 árvores.

Ontem foi assinado um protocolo, em Terroso, que estabelece as compensações pelo abate indevido das árvores em oito aldeias de Bragança: Parâmio, Vilarinho, Cova de Lua, Terroso, Espinhosela, Gondezende, Oleiros e Soutelo.

O representante dos proprietários explica que a EDP vai entregar castanheiros aos lesados.

Factura da luz reduzida para cinco mil famílias transmontanas

Cinco mil famílias transmontanas podem vir a pagar menos pela energia consumida, através do seu reenquadramento nos tarifários disponibilizados pela EDP. É uma das medidas tomadas pela Energias de Portugal, no âmbito da construção das barragens do Baixo Sabor e Foz-Tua, e dos reforços de potência nas de Picote e Bemposta.

A informação foi avançada ontem, em Torre de Moncorvo, pelo presidente da empresa, António Mexia, durante um debate sobre os impactos daqueles aproveitamentos hidroeléctricos nos concelhos abrangidos.

António Mexia destacou a criação de emprego, as medidas de minimização dos impactos ambientais, bem como as compensações regionais, mas também anunciou benefícios que serão mais rapidamente sentidos na carteira de cinco mil famílias, que poderão passar a poupar em energia alguns euros por mês:

Biblioteca Municipal de Macedo de Cavaleiros distinguida pelo Plano Nacional de Leitura

A Biblioteca Municipal de Macedo de Cavaleiros foi apontada na III Conferência Internacional do Plano Nacional de Leitura como um modelo a seguir, pela parceria que desenvolve com as Bibliotecas Escolares.

Apenas mais uma biblioteca municipal foi convidada em todo o país, o que reflecte um reconhecimento do trabalho feito no município.

Macedo de Cavaleiros e Portimão foram as duas bibliotecas municipais reconhecidas nesta conferência internacional do Plano Nacional de Leitura, pela cooperação que mantêm com as bibliotecas escolares

Feira dos santos em Chaves

Nos próximos dias 30, 31 de Outubro e 1 de Novembro, a tradicional Feira dos Santos volta a dar colorido à urbe flaviense. O programa para a Feira dos Santos 2009 foi apresentado pelas entidades organizadoras, a autarquia e a Associação Comercial do Alto Tâmega (ACISAT), na Sala Multiusos, no Centro Cultural de Chaves, no passado dia 19 de Outubro.
A tradicional Feira dos Santos, que anualmente se realiza na cidade, constitui um dos maiores eventos no plano comercial, social, económico e lúdico que se realiza no Norte do país.
Festa dos Santos mantém cariz de Feira/Festa.
Estes eventos atraem anualmente muitos flavienses e turistas que procuram a Feira dos Santos para adquirir vestuário, calçado, bijutaria, artesanato nacional e estrangeiro, antiguidades, cutelarias, louças, enchidos, queijos e produtos agrícolas, entre outros.

Padre "pistoleiro" obrigado a termo de identidade e residência

O Tribunal de Boticas aplicou ontem a medida de coação menos gravosa, o termo de identidade e residência, a três dos quatro arguidos detidos, no domingo, em Covas do Barroso (Boticas), incluindo o padre Fernando Guerra. O pároco de 74 anos foi detido no âmbito de uma investigação que resultou ainda na apreensão de 16 armas, explosivos e milhares de munições.

Taça da Liga

A taça da Liga foi feita para dar mais competição aos clubes e levar mais gente aos estádios mas nem uma coisa nem outra está acontecer.
Escrevo isto, hoje, em que assisti na televisão, ao Belenenses Gil Vicente com muita pouca gente na bancada em comparação com o estádio cheio do Barnsley Manchester United também a contar para a Taça da Liga, neste caso a inglesa inglesa.

Bispo de Vila Real mantém confiança

O bispo de Vila Real, Joaquim Gonçalves, disse ontem à Agência Lusa que o padre Fernando Guerra, detido domingo pela suspeita de posse de armas ilegais, vai continuar à frente da paróquia de Covas do Barroso, concelho de Boticas. O bispo, mesmo antes de conhecer a medida de coacção aplicada pelo tribunal, disse acreditar na inocência do sacerdote.

Lince ibérico...

Lince ibérico ...

Azahar, o primeiro de 16 linces-ibéricos que vão chegar a Portugal até ao final de Novembro, vindos de Espanha, inaugurou ontem à tarde o Centro Nacional de Reprodução em Cativeiro para o Lince-Ibérico (CNRCLI), em Silves, depois de uma viagem de quatro horas. Pouco tempo depois de ter chegado, começou a explorar a sua nova casa.
De salientar que o lince ibérico é um dos felinos mais ameaçados no planeta.

Tomada de posse do Governo

Decorreu esta segunda -feira, dia 26 de Outubro, no palácio da ajuda, em Lisboa, a tomada de posse do XVIII Governo Constitucional.
Espero que neste mandato haja um maior apoio social e medidas eficazes no combate á pobreza, desemprego, desigualdade social, cultura, educação, maior apoio ás regiões do interior cada vez mais despovoadas e reformas sérias na justiça.

Novo quartel dos bombeiros de salvação pública de Chaves...

O novo quartel dos Bombeiros de Salvação Pública foi adjudicado à Sincof por cerca de 800 mil euros. As obras vão arrancar “de imediato” e o equipamento deverá ficar pronta dentro de um ano.Os Bombeiros de Salvação Pública adjudicaram, na passada segunda-feira, à Sincof a construção do novo quartel, que irá nascer na zona industrial da Cocanha, num terreno que, de acordo com o projecto de loteamento, estava destinado a área verde. A cerimónia de entrega da obra teve lugar na Câmara Municipal de Chaves. O equipamento irá custar cerca de 800 mil euros. 70 por cento do valor será financiado com verbas comunitárias, no âmbito do Quadro de Referência Estratégica Nacional. Os restantes 30 por cento terão que ser assegurados pela própria corporação. No entanto, será a autarquia a avançar com a verba, ficando, como garantia, com as actuais instalações da corporação.
É de saudar as melhorias que os bombeiros de salvação pública de Chaves vão ter com a construção deste novo quartel, vão ter mais conforto e qualidade neste novo quartel.

O padre "pistoleiro" de Boticas...

Fernando Guerra, de 74 anos, pároco da freguesia de Covas do Barroso, concelho de Boticas, foi um dos quatro detidos pela GNR de Chaves no âmbito de uma investigação que resultou ainda na apreensão de 16 armas (a maioria ilegal), explosivos e milhares de munições.

cartas da província chega á casa das 50 visualizações

Agradeço a todas as pessoas que já visulalizaram o meu blog.

Cerimónia da tomada de posse da Câmara e Assembleia Municipal de Vila Real

Esta segunda feira, dia 26 de Outubro, tomaram posse o executivo camarário a os elementos da Assembleia municipal.
A cerimónia decorreu no grande auditório do teatro municipal.
Destaco como ponto alto, da cerimónia, o discurso do presidente da Assembleia Municipal Dr. Pedro Passos Coelho.

domingo, 25 de outubro de 2009

Grupo desportivo de Chaves perde na deslocação a Aveiro...

O Grupo desportivo de Chaves perdeu por 2/1, contra o Beira Mar num encontro realizado no estádio Municipal de Aveiro neste sábado.
O Chaves precisa de voltar ás vitórias o mais rapidamente possível para começar a ter tranquilidade na tabela classificativa.

Festa das Aldeias vinhateiras...

Aqui está uma boa iniciativa para promover a região do douro.
Dar a conhecer o património do Douro é sempre uma excelente iniciativa , nesta região, que é a zona demarcada mais antiga do mundo.

Douro destaca-se na lista mundial de destinos turísticos sustentáveis.

A National Geographic Society divulgou uma nova lista de destinos turísticos sustentáveis que coloca o Douro em 7º lugar entre mais de 130 destinos de excelência. Para a elaboração do ranking contribuíram mais de 400 peritos que reconheceram o valor da região vinhateira nas suas atracções históricas e naturais.

Resultados do campeonato nacional de futsal 1º divisão

Belenenses 10 - Mogadouro 2
Boticas 3 - Vila Verde 2
AAUTAD/Realfut 1 - Fundão 1

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Adegas durienses no top 100 das melhores do mundo

Cinco adegas portuguesas estão entre as 100 melhores do mundo, segundo a publicação norte-americana Wine and Spirits.
A Aveleda, Nieport, Quinta do Portal, Quinta do Noval e a Fonseca são as cinco adegas portuguesas distinguidas como "Wineries of the year"

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Pobreza “envergonhada” aumenta em Bragança

Há cada vez mais pessoas a solicitar ajuda alimentar e pedidos de revisão de mensalidades junto das Instituições Particulares de Solidariedade Social de Bragança. Ainda que não haja dados, o núcleo brigantino da Rede Europeia Anti-Pobreza (REAPN) avança que a pobreza está a aumentar, por um lado, devido ao envelhecimento da população e, por outro lado, devido ao momento de crise internacional. No dia que antecedeu o Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza, assinalado a 17 de Outubro, a REAPN organizou uma marcha para sensibilizar a sociedade civil para o fenómeno.

Boas notícias para a Câmara de Montalegre...

Os cofres da Câmara Municipal de Montalegre vão receber, de imediato, 860 mil euros. Tudo porque a autarquia conseguiu negociar com a empresa ENEOP, proprietária dos parques eólicos em construção no concelho de Montalegre.

GNR apreendeu mais de uma centena de velas de dinamite

, a GNR, através da Equipa de Inactivação de Engenhos Explosivos do SEPNA, apreendeu, em Sabrosa, 118 velas de dinamite; 450 m de cordão lento e 1 detonador pirotécnico

Acidentes de caça provocaram ontem dois mortos

Dois caçadores, um de 62 anos e outro de 34 anos, morreram ontem na sequência de acidentes de caça nos concelhos de Vila Real e Chaves. Segundo a GNR, a primeira vítima terá disparada contra si próprio, enquanto a outra foi atingido acidentalmente por outro caçador.

Taça de Portugal 3 eliminatória...

Ontem, Domingo, o Grupo Desportivo de Chaves derrotou o Leça por 3/o num jogo com sentido único, o desportivo foi "passear" a Leça da Palmeira e sem dificuldades conseguiu a vitória estando portanto apurados para a 4ª eliminatória da Taça de Portugal

Resultados do campeonato nacional de futsal 1º divisão

Mogadouro 6 - Boticas 2
Sporting 11 - AAUTAD/Realfut 0

sábado, 17 de outubro de 2009

Vila Real é o distrito do país com mais incêncdios florestais.

Desde Janeiro até Setembro já houve 2500 ignições e 12877 hectares consumidos pelas chamas.
Estes números foram divulgados, esta semana, pela Associação Florestal Nacional

Redução de concelhos...

Sempre que há eleições em muitos concelhos, principalmente no interior do país, o número de eleitores desse concelho é por vezes inferior ao de um bairro de uma grande/média cidade.
Num pais que tem cerca de 6ooKm por 250km, com uma grande desigualdade populacional entre o litoral e o interior, penso que seria benéfico para o país e para a própria terra a extinção de alguns concelhos. Existem muitos concelhos que poderiam perfeitamente ser incluídos em concelhos vizinhos, em minha opinião isso só traria mais poder a esse concelho pois ia ver a sua população e área aumentada.

No distrito de Bragança PS e PSD empatam em número de câmaras conquistadas

O PS conquistou as seguintes câmaras: Alfandega da Fé, Freixo de Espada a Cinta, Miranda do Douro, Torre de Moncorvo, Vila Flor, Vinhais
O PSD conquistou as seguintes câmaras: Bragança, Carrazeda de Ansiães, Macedo de Cavaleiros, Mirandela, Mogadouro, Vimioso,

PS e PSD empatam em número de Câmaras no distrito de Vila Real

O PS conquistou as seguintes câmaras municipais: Alijó, Mesão Frio, Montalegre, Mondim de Basto Murça, Sabrosa e Santa Marta de Penaguião.
Por sua vez o PSD conquistou: Boticas, Chaves, Peso da Régua, Ribeira de Pena, Valpaços, Vila Pouca de Aguiar e Vila Real

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

A nova moda dos candidatos derrotados

Anda agora em Portugal um vírus tão nefasto como o H1N1 (Gripe A) este vírus atinge só os candidatos derrotados nas autárquicas.
este vírus manifesta-se da seguinte maneira durante a campanha os candidatos dizem que só estão disponíveis para serem presidentes de câmara não para vereadores. Depois das eleições quando os eleitores na hora da verdade não lhes darem a confiança para governarem os destinos do concelho, dizem que rejeitam ser vereadores e rejeitam o cargo de vereador.
Quem vota neles por vezes fica desiludido e sente-se enganado.
Tenho a solução para isto é simples e fácil bastava que os partidos dissessem aos seus candidatos que se perdessem as eleições eram obrigados a ficarem como vereadores se são bons para governar também são bons para ser oposição se o povo não os quer para governo quer para oposição.
Já chega de brincarem aos presidentes de câmara com muita ou pouca "gamela" um candidato quando se candidata tem que se sujeitar ao veredicto do povo que em eleições democráticas é soberano

Os eurodePUTAdos...

Ficamos todos nós a saber esta semana do escândalo que os senhores eurodePUTAdos fizeram.
Andam agora a legislar em proveito próprio senão vejamos:
Salário 7000 euros mensais (5969 líquidos)
senhas de presença 298 euros por dia
despesas de gabinete 4200 euros
viagens de avião em primeira classe pagas pelo parlamento 49 cêntimos o quilómetro.
Numa época onde o desemprego não para de crescer no União Europeia, onde as desigualdades sociais cada vez mais se acentuam, os senhores eurodePUTAdos acharam bem devido ao seu contributo para o desenvolvimento da U.E, através do seu árduo trabalho serem recompensados com estas regalias todas.
Penso que daqui por 5 anos vai haver 22 milhões de europeus, número oficial de desempregados na U.E. a quererem concorrer para o Parlamento Europeu.

domingo, 11 de outubro de 2009

Resultados do campeonato nacional de futsal 1º divisão

Boticas 1 - Belenenses 2
Freixieiro 2 - Mogadouro 3
AAUTAD/Realfut 5 - Fundação Jorge Antunes 5

Sabrosa homenageia Fernão de Magalhães

A Câmara Municipal de Sabrosa inaugurou uma estátua em honra de Fernão Magalhães, navegador português nascido nesta vila,
Fernão de Magalhães é o português mais conhecido no mundo em sua homenagem já deram o nome a estreitos, sondas especiais, telescópios, etc...

sábado, 10 de outubro de 2009

Eleições Autárquicas...

Amanhã, dia 11, é o dia das eleiçiões autárquicas.
Não fique em casa vá votar não deixe que os outros decidem por si o futuro da sua terra.

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Apesar de não gostar muito de fado...

Tenho que prestar aqui a minha homenagem á maior artista que Portugal teve no séc. XX Amália Rodrigues, faz agora 10 anos que ela faleceu.

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Resultados Futsal 1 divisão Nacional

Botica - Benfica (adiado)
Mogadouro 4 - Olivais 3
Alpendurada 3- AAUTAD/Realfut 3

Falta uma semana para as eleições autárquicas

Os candidatos entraram na ultima semana para as eleições autátquicas, chegou a hora de convencer os indecisos. No domingo pelas 8 horas já saberemos quem serão os vencedores e os vencidos.

Finalmente a primeira vitória...

O Grupo Desportivo de Chaves conseguiu na deslocação a Oliveira de Azeméis a primeira vitória na Liga Vitalis.
O Chaves venceu por 3/1 a Oliveirense

sábado, 3 de outubro de 2009

O referendo na Irlanda

Nós Europeus criticamos os Hugo Chávez do mundo, mas quando nós fazemos o papel de Hugo Chavez dizemos que é para o bem da Europa.
Digo isto a respeito do referendo na Irlanda sobre o tratado de Lisboa, que acerca de ano e meio foi a referendo na Irlanda e acabou na Vitória do não, mas a grande democracia da União Europeia, que dá lições ao mundo, repetiu o referendo pois o resultado final tem que ser a vitória do sim (como os lideres da União europeia querem) e não o não (como o povo irlandês quer)

Brasil capital mundial do desporto na próxima década

A cidade brasileira do Rio de Janeiro foi a escolhida para organizar os jogos olímpicos de 2016.
Na próxima década o Brasil vai organizar os dois maiores eventos desportivos á escala mundial, o Campeonato do Mundo de Futebol e os jogos olímpicos.
Os brasileiros estão todos de parabéns principalmente o seu presidente, Lula da Silva, que contribuiu de forma decisiva para estas duas eleições.
Tive a oportunidade de ouvir em directo a discurso de Lula da Silva após o Rio ter ganho a corrida á organização dos jogos, o discurso foi muito bom cheio de emoção e esperança.
Como ele disse, e muito bem dito, "COI já sabe o que os americanos fazem, o que os japoneses fazem o que os espanhóis fazem, portanto chegou a hora e o momento de verem o que os brasileiros conseguem fazer".
"Os outros já tiveram oportunidades e agora querem mais e eu estou aqui só para voz pedir uma oportunidade, a primeira para o Brasil"

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Baile das Vindimas regressa após 25 anos de interregno

“A figura mitológica de Baco aliada às vindimas” é o tema do Baile de Gala das Vindimas, marcado para o próximo sábado, no Salão Nobre da Casa do Douro, na Régua. Este evento, que promete juntar nomes bem conhecidos da população portuguesa, marca o regresso de uma tradição do século passado.

Os caloiros...

Sempre que saio do meu local de trabalho é normal passar pelos caloiros no parque florestal ou na rua direita lá vão eles cantando umas vezes sujos outras vezes molhados sob as ordens dos "doutores".
Não sou um grande apreciador de praxes mas também não condeno quem gosta, no meu tempo de estudante não ligava muito a isso enquanto caloiro fui ás que pude nos anos seguintes ia vendo as que podia.

vandalismo no parque florestal...

Hoje, Sexta feira, dia da minha folga resolvi ir passear pelo parque corgoe pelo parque florestal com o meu tio.
No regresso a casa passei pelo parque florestal e verifiquei que a maior parte dos postes de iluminação se encontravam partidos, claramente um acto de vandalismo.
Peço aos vândalos de Vila Real que se quiserem partir alguma coisa que partam o que deles e deixem as coisas públicas, que são de todos nós em paz.

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Sugestão...

Esta a decorrer em Vila Real, Chaves, Bragança, Peso da Régua, São João da Pesqueira, Lamego mais uma edição do Douro Jazz

Resultados de futsal 1ª Divisão.

Freixieiro 7 - Boticas 3
Onze Unidos 4 - Mogadouro 7
AAUTAD/Realfut 3 - Vila Verde 1

Desportivo de Chaves volta a desiludir

O Grupo Desportivo de Chaves voltou a desperdiçar outra oportunidade de vencer pela primeira vez para o campeonato, deste vez empatou com o Estoril a uma bola.

Resultados finais legislativas em Trás - os - Montes e Alto Douro

Bragança:

PPD/PSD
40,63%
34122
PS
32,98%
27695
CDS-PP
12,55%
10541
B.E.
6,2%
5211
PCP-PEV
2,41%
2023
PCTP/MRPP
0,61%
513
MEP
0,38%
320
PND
0,36%
303
MMS
0,23%
195
PPM
0,22%
186
MPT-P.H.
0,19%
160
P.N.R.
0,16%
131
PPV
0,12%
104

Vila Real

PPD/PSD
41,1%
52006
PS
36,05%
45606
CDS-PP
10,09%
12761
B.E.
5,5%
6958
PCP-PEV
2,86%
3621
PCTP/MRPP
0,61%
774
MEP
0,29%
371
PPM
0,26%
333
MMS
0,22%
277
MPT-P.H.
0,21%
261
PPV
0,16%
204

Resultados finais das legislativas

PS
36,56%
2.068.560 votos
96 deputados

PPD/PSD
29,09%
1.646.071 votos
78 deputados

CDS-PP
10,46%
591.938 votos
21 deputados

B.E.

9,85%
557.091 votos
16 deputados

PCP-PEV

7,88%
446.172 votos
15 dseputados

PCTP/MRPP

0,93%
52.632 votos

MEP
0,45%
25.335 votos

PND
0,38%
21.380 votos

MMS
0,29%
16.580 votos

PPM
0,27%
14.999 votos

P.N.R.
0,21%
11.614 votos

MPT-P.H.
0,21%
11.025 votos

PPV
0,15%
8.485 votos

POUS
0,08%
4.320 votos

PTP
0,08%
4.789 votos

MPT
0,06%
3.240 votos

EM BRANCO
1.75%
98.991 votos

NULOS
1.31%
74.273 votos

Depois das legislativas ....

Avançam as eleições autárquicas.
São dia 11 de Outubro estas eleições.

Vitória do Partido Socialista nas legislativas

O Partido Socialista venceu as eleições legislativas com uma confortável margem , mas sem ter obtido a maioria absoluta. Foi portanto o vencedor
O PSD perdeu a eleição mas bem vistas as coisas sempre pode organizar seminários fóruns, conferências pelo mundo fora sobre o tema" como ter as eleições controladas em em 3 semanas perde-las por completo".
O PP obteve o seu melhor resultado, desde que sou vivo, foi portanto um vencedor (em menor escala que o PS)
O BE teve mais votos, mais deputados, mas não atingiu o seu objectivo ser a 3ª força política e ficar á frente do PP.
A CDU, que tem um líder genuíno, simples, modesto de todos, de longe, o mais humilde, obteve mais 30.00 votos mas perdeu 1 deputado, ficou em 5º lugar e longe dos seus objectivos.

sábado, 26 de setembro de 2009

Rali deVila Real animou a cidade...

Os motores voltaram a aquecer ontem á noite para mais uma edição do rali de Vila Real, prova pontuável para o campeonato regional do douro.
A super especial teve lugar na zona da Nossa Senhora da Conceição,

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

o meu irmão já voltou da Lituânia...

O meu irmão já está em Portugal mais propriamente em Tomar de pois de ter estado cerca de 3 meses nas terras da Lituânia

Eleições Legislativas - campanha

Quando entramos já a recta final da campanha eleitoral para as eleições legislativas vou fazer aqui o meu balanço sobre os cinco principais candidatos.
Começando pelos debates televisivos se os debates fossem um campeonato de futebol podia dizer que José Sócrates era o campeão, Paulo Portas o vice campeão e depois longe destes dois podia dizer que havia um empate entre Francisco Louçã, Ferreira Leite, e Jerónimo de Sousa.
Posso dizer que com os debates Sócrates mostrou estar em boa forma e ganhou novo alento para a campanha apesaar de a campanha não mostrar nada de novo na estrutura do PS.
Já no PSD cada dia que passa é penoso ver Ferreira Leite mais a sua quadrilha na campanha eleitoral se há um mês podíamos dizer que Ferreira Leite podia ganhar as eleições hoje penso que ninguém diz isso, nem mesmo ela, a campanha tem sido muito mal orientada. Entraram a matar com a asfixia democrática e nisto ela resolve fazer uma viagem á Madeira e contra o inesperado revolve dizer uns bitaites e elogia a "grande democracia da Madeira" .Em seguida atira-se ao comboio de alta velocidade, aqui nada contra também tenho a mesma opinião que ela mas o problemas não está ser do contra está no facto dos porquês de ela ser do contra, dizer que o comboio de alta velocidade só é benéfico para Espanha é ser demagógico, e mostra pouca clareza, e nisto a comunicação social mostra que Portugal vai ter benefícios com o comboio de alta velocidade. Depois Paulo Rangel vem a público criticar a entrada em cena de Mário Soares e Manuel Alegre na Campanha socialista e eu pergunto qual é o mal disso? Eles não são militantes socialistas? criticaram Sócrates e depois? só por isso deixam de ser socialistas? Aquando da visita de Ferreira Leite a Vila Real estavam no teatro muitos apoiantes delas que á um ano e meio falavam mal dela e queriam ver no presidência do PSD Passos Coelho. No início desta semana o Presidente da República vem dar uma machadada final na teoria do asfixia democrática mostrando claramente as manipulações de elementos ligados ao PSD com a ajuda de directores e jornalistas de pasquins.
Já o Bloco de Esquerda continua com a campanha de bota abaixo, quero ver o que eles iriam fazer se fossem governo.~
A CDU continua igual a só própria claramente são os únicos genuínos tanto para bem como para mal.
O PP está a surpreender na campanha, está a fazer uma boa campanha, só peca por falar sempre das mesmas coisas rendimento mínimo, PME, e segurança.
E assim vamos para as eleições, espero que a taxa de abstenção seja baixa

Resultados das equipas transmontanas no Campeonato nacional de futsal 1ª divisão

Boticas 5 - Olivais 3
Mogadouro 9 - AAUTAD/Realfut 3

Desportivo de Chaves soma novo desaire

O Grupo Desportivo de Chaves perdeu na deslocação a Varzim, por 1/0, espera-se que no próximo sábado o Desportivo alcance a primeira vitória na liga Vitalis, o encontro vai ser contra o último classificado, o Estoril.

instituto Politécnico de Bragança preenche todas as vagas na 1ª fase

O Instituto Politécnico de Bragança, cada vez mais com mais alunos, preencheu todas as vagas na primeira fase de concurso de acesso ao ensino superior

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Pais boicotam início do ano lectivo no Jardim-de-infância de Lordelo

Como é possível em Portugal no século XXI, numa escola no mesmo espaço funcionar a cozinha, casa de banho e despensa?
Não acreditam então é só ir a Lordelo( Vila Real) e verem com os próprios olhos.
Os pais e encarregados de educação, com razão, revoltaram-se e a escola só abrirá portas para a próxima semana.

UTAD com 95 por cento das vagas preenchidas na 1ª fase

Conhecidos os resultados da primeira fase do concurso nacional de acesso ao ensino superior público, a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) registou uma percentagem de 95 por cento de ocupação das suas vagas.

Bragança vai operar cancro da mama ...

As mulheres vítimas de cancro da mama vão poder, a partir de Outubro, recorrer ao tratamento no Centro Hospitalar do Nordeste Transmontano, em Bragança. Até agora, os problemas mamários do foro oncológico tinham de ser tratados fora da região e, só no ano passado, 190 mulheres foram encaminhadas para o Instituto Português de Oncologia do Porto. No entanto, a partir de Outubro, já será possível recorrer ao tratamento na unidade hospitalar de Bragança, uma inovação introduzida após a renovação do serviço de cirurgia geral do Centro Hospitalar.

Um novo espaço cultural nasceu em Mogadouro...

A biblioteca municipal Trindade Coelho, de Mogadouro, inaugurada na semana passada, vai passar a albergar o espólio do escritor natural daquele concelho. O espólio esteve até agora no Museu Abade de Baçal, mas um acordo entre a Câmara Municipal e o Instituto dos Museu e Conservação permite que seja transferido para um espaço próprio na nova Biblioteca.
A Biblioteca, inserida no programa da Rede Nacional das Bibliotecas Públicas, custou cerca de 1,4 milhões de euros. A obra foi financiada em 50 por cento pela administração central e 50 por cento pelo município.
A Biblioteca Municipal Trindade Coelho contou, na sua inauguração, com a presença de Paula Santos, Secretária de Estado da Cultura

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Já começou o Campeonato nacional de Futsal 1º Divisão...

Das três equipas transmontanas que competem ao mais alto nivel no futsal nacional só o Boticas (primeira participação na 1ª Divisão Nacional) não perdeu.
Já aAAUTAD/Realfut e Mogadouro entraram com o pé esquerdo.
Ficam aqui os resultados:
Onze Unidos 3 - Boticas 3
AAUTAD/Realfut 1 - Belenenses 4
Instituto D. João V 5 - Mogadouro 0

Uma visão pra a nossa sociedade - O telescópio de Schopenhauer...

Este texto foi escrito por um amigo meu, Pedro Seixas Miranda, há cerca de um ano para o Boletim informativo/cultural da Escola Secundária Camilo Castelo Branco.

O telescópio de Schopenhauer
1- Imaginemo-nos em eras porvir, situemo-nos em épocas distantes e olhemos para trás. Sentemo-nos. Utilizemos um telescópio. Avaliaremos dali melhor o presente. Um juízo projectadamente ex post, mas feito, deliberadamente, já hoje. Um bom político usará deste raciocínio e verá, na prudência espacial, os efeitos, para as gerações vindouras, das medidas de agora. O conselho é de um filósofo, Schopenhauer.
2- Há um ciclo vicioso associado á pobreza em Portugal: porque as pessoas são pobres, como têm parcos recursos (económicos, mas também educacionais/culturais familiares), tendem, muitas vezes, a adquirir pouca qualificação (académica); pouco qualificadas, terão empregos com baixos salários e serão pobres. Com baixos salários, os descontos mensais resultam diminutos, o que, dadas as regras vigentes no domínio da Segurança Social, se traduzirá por minguadas pensões. Ou seja, como não raramente acontece, uma pessoa pode manter-se pobre da infância à velhice.
3- O lugar para cortar cerce esta triste cadeia é, seguramente, a escola. No recentemente publicado Um olhar sobre a pobreza – vulnerabilidade e exclusão social no Portugal contemporâneo, a equipa de cientistas sociais coordenada pelo Prof. Alfredo Bruto da Costa expõe de modo muito claro como uma visão de combate à pobreza, no nosso país, assente, exclusivamente, em uma abordagem assistencial – a garantia, a todos, do que a sociedade conceba, a cada tempo, como mínimo(s) de dignidade humana – é extremamente redutora. Enquanto cada pessoa, cada cidadão não se autonomizar e alcançar a independência, mesmo que satisfeitas as necessidades normativamente plasmadas como básicas, continuará a ser pobre. A exigência ao Estado, longe de diminuir, propende a densificar-se: facultar aos cidadãos, nomeadamente através do ensino, a possibilidade de aquisição dos conhecimentos/instrumentos/ferramentas necessárias para que a liberdade de um estádio de não pobreza possa emergir, com o devido acesso ao mercado de trabalho. Citando o estudo acima referido: “o sistema educativo adquire uma importância decisiva que, para ser correspondida terá de assegurar não só o acesso normal das crianças pobres ao sistema escolar, certamente indispensável, mas também as condições de sucesso (que efectivamente se traduza na aquisição de conhecimentos e aptidões) e, ainda, o apoio à família, que permita «libertar» a criança da sua função de contribuir para o rendimento familiar” (pág.187).
4- Uma meritocracia, baseada em uma igualdade de oportunidades que seja manto diáfano que esconda uma desigualdade preexistente, de modo a apenas, ou sobretudo, recompensar os que “possuem contextos familiares afortunados ou dotes genéticos” (como diria Crosland, assim descrito por Raymond Plant, em Direita e Esquerda? – Divisões Ideológicas no séc.XXI) seria injusta. É necessário fazer funcionar para com os mais desfavorecidos também no domínio da capacidade de aprendizagem, o princípio da compensação (Rawls, Uma Teoria da justiça), isto é, como em nenhum mérito concorreram aqueles que a natureza dotou de maiores faculdades (e de um contexto pessoal-social propício a desenvolvê-las), levando-os a maiores proventos, sem que o talento, propriedade individual, mas o rendimento/benefício acrescido resultante de uma desigualdade a priori que moralmente não se qualifica como meritória seja taxado, e, ainda, na medida em que a prioridade à liberdade implica que tais capacidades (superiores) possam ser expressas sem que necessariamente sejam comercializáveis (Rawls, A justiça como equidade), tudo resulte em benefício maior, concentrado na escola, dos menos dotados. Mas aqui importa não incorrer numa falácia igualitária: recompensas desiguais são necessárias “para mobilizar o talento, numa sociedade livre que não controle o trabalho”. Há um conjunto de actividades e/ou profissões, cujo esforço, rigor, treino, disciplina, trabalho, dedicação, estudo só serão apetecíveis, para um amplo conjunto de cidadãos, caso exista uma boa recompensa. E não há que presumir, desde logo no momento do desenho de uma situação meramente hipotética, uma posição original, espécie de estado natureza onde se definem, através de representantes, as regras (societárias) mais justas, a coberto de um veú da ignorância que muito desconhece (sexo, idade, família, condição social, tendências psicológicas, geração, etc.) para poder melhor decidir, um excessivo optimismo antropológico, num contrato social. A diferenciação de recompensas é justificada e legítima, mesmo do ponto de vista do princípio da diferença, em que tal desigualdade tem como escopo o benefício dos menos afortunados (“os mais bem dotados (…) são estimulados a adquirir benefícios adicionais (…) com a condição de que treinem os seus talentos naturais e os utilizem com o intuito de contribuir para o bem dos menos bem dotados (…) A reciprocidade é uma ideia moral situada entre, por um lado, a imparcialidade, que é altruísta, e a vantagem mútua por outro”, pág.108, A Justiça como Equidade).
5- A escola, portanto, o centro das atenções. Hoje, como ontem. Uma escola capaz de puxar para cima os mais desfavorecidos. Com menos estatísticas, menos relatórios burocráticos para fazer, mas com o livro que não queremos que desapareça – ainda que o livro possa atropelar a memória, e um saber de cor é um saber de coração, como sabiam Sócrates e Cristo que nada escreveram, nota Steiner, em O Silêncio dos Livros, referência já antes firmada por Unamuno, em A Agonia do cristianismo – os clássicos que desejamos eternos e a que alguns não têm direito na estante de casa (logo, se não for a escola ou apetrechadas bibliotecas a fornecê-los…), para que na leitura se ganhe mundo sem sair do quarto (Pedro Mexia), para que a sageza (e a bondade, a ironia, o cepticismo ou a compaixão) dos espíritos maiores possam passar para o leitor (Antonhy O´Hear) …E que a filosofia não desapareça, porque é na destreza das dúvidas que a curiosidade se alimenta. Dir-nos-á o filósofo (Fernando Savater, O Valor de Educar): mas porquê a filosofia? A curiosidade, desde que haja curiosidade – seja o mundo visto da física ou da química, através da matemática ou da lupa astrónoma – o mundo será lugar de descoberta e realização. Sim, será. Mas quando há muito a especialização no “átomo do átomo” ganhou a palma, negligenciando quando não desprezando o demais, as humanidades se separaram das ciências duras (e/ou vice-versa), quando o discurso público é ocupado por um incessante economês, uma lógica puramente utilitária, eficientista, cheia de agregados onde não se reconhece a pessoa concreta, numa lógica imanentista, exclusivamente técnica, filosofar é urgente. No “país dos engenheiros e economistas” (Miguel Real, A Morte de Portugal), faltam filósofos. E transcendência.
6- Lê-se Os Maias pelo livro de comentários, porque apenas o útil importa e o útil é preencher o questionário do teste seguinte. Como se um teste, qualquer teste, por melhor teste que fosse, pudesse alguma vez ombrear com Os Maias. Perde-se a ironia. E o humor. Amanhã, Eça será lido em hiper-texto, linkando (gerúndio de um verbo a aportuguesar brevemente, linkar) os maiores disparates que vão junto a comentários eruditos e especializados, fruto de talento combinado com anos de estudo e investigação, a par de investimento pessoal-familiar. Mas ao qual não se reconhece autoridade e onde, portanto, a crítica se perde. A distinção doxa/epistéme é posta em causa. As teses de Andrew Keen sobre o modo como a Internet está a mudar a cultura e a economia globais (O Culto do Amadorismo) podem ser parciais, olhando, unicamente, aos aspectos negativos da rede (de Narciso) – e de facto, a crítica é apaixonada e parcial, com o seu quê de miopia para com os benefícios, largos, proporcionados pela net. Mas em boa medida é, igualmente, justa. A combinação da generalização de um conceito televisivo marcadamente tendente à mera satisfação dos gostos mais primários de um público pouco exigente, uma opção discutivelmente democrática – “nada no seio da democracia proíbe as pessoas mais instruídas de comunicarem o seu saber às que o são menos. Pelo contrário, a democracia sempre procurou elevar o nível de educação; é essa a sua aspiração”, escreve o insuspeito filósofo liberal Karl Popper na obra Televisão: um perigo para a democracia, escrita em co-autoria com Jonh Condry – terá transformado o homo sapiens em sub espécie de Homo ludens, o homo videns que não evolui já pelo pensamento abstracto que conceitos como “Estado” ou “Democracia” inculcam, mas se fixa na vertigem do acesso directo a “mesas” e “cadeiras” ou “camas” visíveis (Giovanni Sartori, Televisão e pós-pensamento), repleto de realitys que crê serem a realidade, a única realidade, transformando em inexistente o que não vê (a par de um fenómeno de desvalorização da intimidade). Prostrando-se perante a imanência. A imanência como única eminência. E, assim, pondo de parte, sem questionamentos, toda a noção e hipótese de transcendência (“o símbolo vive da evocação e sugestão do ausente e choca com o imanentismo e a pretensão da exibição total da civilização da imagem (…) a consequência é a desvalorização do imaginário em geral, da «capacidade simbólica para forçar o significante banal a nomear um simbolizado invisível» (…) o pensamento fica remetido para a imanência, mais ainda, para o que há”, págs.146/147, José Maria Mardones, em Deus no século XXI e o futuro do Cristianismo, obra coordenada por Anselmo Borges). E que não mais do que A Era do Vazio (Lipovetsky)? Já não a morte de Deus (Nietszche), já não a angústia pela ausência de sentido, já não o se Deus está morto tudo me é permitido (Dostoievsky), nem tão pouco a observação de que se a morte acaba com tudo torna-se muito mais difícil acreditar que podemos ter razão, ainda que sejamos derrotados (Orwell), mas a ausência de perguntas e nem a angústia da carência de porquês. Se a Nostalgia do Absoluto (Steiner) sempre por cá andou, mesmo no mundo pós-revolução industrial, novas narrativas e mitos gerando, até ao totalitarismo de natureza apocalíptica, será, pois, tempo – como prevê Jonh Gray – frustradas as paixões ideológicas, de retoma da religião perdida na emancipação e anomia do maquinismo ensurdecedor e ensandecido e da migração para as megapólis na última centúria, depois dos abalos saídos do cepticismo e racionalismo omnipotentes e auto-suficientes de finais do séc.XVIII? Ainda assim, é um vazio hiante que parece marcar o espírito do tempo.
Combinação explosiva de uma sobreinformação torrencial muitas vezes transformada em subinformação, mar onde é fácil naufragar e difícil proceder ao distinguo do que permanece e do que é espuma (Edgar Morin, As Grandes questões do nosso tempo).
Desafios difíceis à escola: minada pela “ilusão democrática” (Keen) de que cada comentário e opinião – ainda que com diferenças abismais de conhecimentos e aptidões pelo meio – valem o mesmo (uma ilusão que, na verdade, a rede potencia); com o ruído do ver a sobrepor-se ao silêncio dos livros; onde o “convocar para o significado” – George Steiner, definindo o papel do professor de Humanidades – se torna mais difícil se o pensamento abstracto é desvalorizado, a transcendência uma impossibilidade, o útil, o pragmatismo asséptico o preceito, o único preceito. E quando estamos em tempo de aceleração da história, de um avanço tecnológico voraz e imparável, o aviso de Térese Delpech (O Regresso da Barbárie) é incontornável: o desfasamento entre o delíquio tecnológico e o não acompanhamento das estruturas mentais/psicológicas, que são o que são, foi um dado extraordinariamente relevante no contexto da Alemanha das primeiras décadas do séc.XX. Que é como dizer, progresso-progresso só na técnica. No mais, procurar na memória permanentemente evocada – na qual instrução e educação podem ser um continuum; a leitura de Se Isto é um Homem, de Primo Levi, é sugestão neste duplo contexto – o robustecimento possível dessa camada fina a que chamamos civilização.
7- Falar de escola é ainda e sempre perguntar o que é o homem (e não, como às vezes parece, para que serve o homem?). E encontrar lugar para as matérias entendidas como fundamentais ao seu desenvolvimento harmonioso. Uma visão global do humano a que os gregos chamavam Paideia. Desde logo, tarefa “para os próximos cinquenta anos”, “definir o humano” (Alvin Tofler). Encontrar lugar para a bioética, informada, porventura, como sugere George Steiner (Os Livros que não escrevi) com a criação nos currículos escolares de uma “introdução à biologia molecular e à genética”. A inventariação do que está em jogo é longa: “clonagem, criação in vitro de moléculas auto-replicantes, projectos de sequenciação do genoma, possibilidade de transplante de órgãos vitais – incluindo a memória” – estatuto jurídico dos robots… “Que aspectos da ética, do direito, da demografia ou das políticas sociais se poderão manter imunes a estas reorganizações da vida do corpo e da consciência? Todas as questões relativas à responsabilidade individual, à identidade pessoal, à duração do tempo de vida, ao direito de programar a hereditariedade, aos limites da intervenção do Estado na determinação do género (tendo em vista fins militares) e à eliminação das malformações genéticas tendem a ser reformuladas” (Steiner). Assim sendo, “qualquer consciência adulta e responsável terá necessidade de se informar, ainda que a um nível introdutório, ou pré-técnico por assim dizer, acerca dos conceitos da nova alquimia. Na alternativa, as mulheres e os homens ver-se-ão excluídos de um debate indispensável ao nível político, social e individual” (págs.230/231, Os Livros que não escrevi).
Esta injunção de Steiner está longe de qualquer solipsismo. Rodney Brooks, director do Laboratório de Inteligência Artificial e Fujitsu Professor de Ciências da Computação no MIT, em Os próximos cinquenta anos – a ciência na primeira metade do séc.XXI, uma colectânea de ensaios de alguns dos mais destacados e influentes cientistas da actualidade, acrescenta questões (“o que é estar vivo? O que faz com que algo se torne “humano”? O que faz com que algo se torne “sub-humano”? O que é um super-humano? Que alterações da humanidade são aceitáveis? É eticamente legítimo manipular a vida humana? É eticamente aceitável manipular a vida humana para introduzir certas “correcções”? Que versão de “vida” é “humana”? Que responsabilidade deve ter o cientista individual pelas formas de vida que manipula - ou cria?”) do mesmo passo que concretiza a vanguarda do conhecimento científico – “alguns tetraplégicos com lesões em pontos muito elevados da coluna, mesmo junto do tronco cerebral, de tal forma a impedir que falem ou controlem a sua respiração, precisando de um ventilador, são agora capazes, através de implantes neurais nos seus cérebros, de comandar um rato de computador apenas pelo pensamento. Este interface permite-lhes comunicar novamente com o mundo e exercer, assim, alguma espécie de controlo. No mínimo dos mínimos, podem escolher o que ver nos seus ecrãs de computador e, ainda que de forma trabalhosa, podem escrever comandos, mensagens, e-mails” – e os adventos dos “próximos dez a vinte anos”: a adopção da “tecnologia robótica, silício e aço aos nossos corpos para melhorar as nossas capacidades e compreensão do mundo (…) talvez sejamos capazes de ter uma ligação sem fios à Internet instalada directamente nos nossos cérebros – embora ainda não se saiba como iremos “ver” ou “sentir” as páginas Web consultadas desta forma”. Seria, pois, a consumação da “unificação da carne e das máquinas” que dá título ao ensaio deste autor. Na mesma obra, Mihali Czikentmihalyi, um investigador na área da psicologia, confronta-nos com “um inverosímil ataque de igualitarismo” que conseguisse aumentar a inteligência de todas as pessoas. Seria isso bom? “Não sabemos”. Porquê? Porque “a relação ambígua entre génio e loucura sugere que inteligência em demasia pode ter as suas desvantagens – a hipersensibilidade, conduzindo à predisposição para a ansiedade e para a depressão. Ou, na medida em que a inteligência racional está ligada a atitudes egocêntricas (…) poderá levar a uma espécie ainda mais insensível e cruel que a que já somos”. Adam Wolfson relata-nos o debate ideológico, filosófico-político, mundividencial presente, hoje por hoje, nos E.U.A, com Ronald Dworkin a sugerir a necessidade – igualitária – da engenharia genética (dos aumentos artificiais de Q.I, logo que disponíveis) face a um Leon Kass dubitativo, mostrando, bem, como a ciência, explicando o “funcionamento das coisas” e dotando-nos de meios que escolheremos se, quando e como utilizar(mos) é incapaz, todavia, de “dizer algo sobre os fins humanos ou sobre o bem do homem”. Hermínio Martins, da Universidade de Oxford e do Instituto de Ciências Sociais, numa aproximação à “república tecnológica” em que nos inserimos hodiernamente, a nível global, relata como numa “lógica de extensão de direitos humanos já reconhecidos, por analogias mais ou menos defensáveis, têm surgido da parte de cientistas-engenheiros-empresários nas ciências e tecnologias da computação e da robótica reclamações para o reconhecimento dos direitos das nossas criaturas artefactuais, potencialmente de inteligência artificial de alto nível, para a inclusão entre os sapientes e as pessoas. Como se sabe, os engenheiros da área procuram investi-los com pelo menos o equivalente das nossas capacidades sensoriais, mnémicas, cognitivas, motoriais, etc., como também equipar os seres humanos com um segundo sensorium e motorium electrónico, não com órgãos extra-somáticos ou próteses clássicas, mas com novos órgãos electrónicos corporizados” (Análise Social, nº181).
De resto, alguns dos mais prestigiados órgãos de informação mundiais (New Scientist, 13/05/06; The Independent, 05/11/07; Heti Válasz, 16/08/07 – vide edição portuguesa de Março de 2008 do Courrier Internacional – ou ainda El Pais, 16/08/08) têm procurado trazer para a esfera pública um debate essencial.
8- A discussão urge, mas há escolhos no caminho. Rodney Brooks compreende bem o que está em causa: “O nosso próprio conceito de humanidade sentir-se-á ameaçado e tal poderá conduzir a guerras violentas acerca das ideias de carácter, essencialmente, intelectual e religioso. Já se vislumbram as primeiras querelas destas guerras e não são, de todo, agradáveis. A generalização que enfrentamos é a de que os humanos são máquinas – e, como tal, podem ser sujeitos às mesmas manipulações tecnológicas que aplicamos rotineiramente às máquinas. Para tornar as coisas um pouco mais complicadas, as nossas infra-estruturas tecnológicas irão alterar-se completamente, tal como aconteceu nos últimos cinquenta anos, e as tecnologias dos nossos corpos e das nossas manufacturas serão encaradas de forma generalizada, como sendo a mesma coisa”.
É importante, nestes termos, recuperar Rawls e o seu precioso conceito de razão pública como registo processual de organização do fórum público. O que propõe Rawls? Partindo da constatação de uma existência partilhada em que o pluralismo – ideológico, crente, ateu, agnóstico, mundividencial – é factor relevante, sociedades heterogéneas como regra, toda a proposta política jamais poderá ser justificada com base em uma verdade revelada. Contudo, e este é o ponto fulcral, se a universalidade da bondade de uma medida não pode ser argumentada em tais fundamentos, já a dimensão pessoal da adesão a um dado postulado apoiado em uma “doutrina abrangente” é perfeitamente plausível, aceitável, mais, agindo e explicando tais motivações, “os cidadãos por assim dizer informam os outros de onde vêem, e com que base apoiam a concepção política pública de justiça” (pág.127, A Justiça como equidade).
Quando as posições das diferentes Igrejas tendem a ser remetidas para “as sacristias”, para um exílio interior, numa visão estrita e estreita do valor de um Estado laico, negligenciando o carácter identitário e performativo de tal pertença para muitos fieis (mas) simultaneamente cidadãos (vinculados à cidade), a ideia de razão pública, como bem notou o Papa Bento XVI/Professor Joseph Ratzinger na lectio magestralis dirigida à Universidade de La Sapienza (17/01/08), pode bem ser refrescante.
O reequacionar da escola, no nosso tempo, se aceite a mais recente proposta da Comissão de Liberdade Religiosa, incluirá uma disciplina de História das Religiões (cujos antecedentes podemos vislumbrar em França nas recomendações, neste sentido, de Régis Debray). Conhecidas as diferentes tradições e cosmovisões, auxiliando, desejavelmente, quebra de preconceitos e ignorâncias variadas (entre crentes de credos diversos, entre estes e ateus, agnósticos, alunos em geral) poderá, na verdade, trazer nova pertinência à proposta (procedimental) de Rawls e ser, outrossim, enriquecedora para o(s) nosso(s) espaço(s) público(s).
9- Não creio, porém, que seja de aceitar, sem séria refutação, uma espécie de panaceia para qualquer “choque de civilizações” ou, eivada do mesmo paradigma, qualquer “aliança de civilizações” o diálogo entre religiosos enquanto representantes de uma dada civilização. No magistral Identidade e Violência, Amartya Sen desmonta e responde às teses de Huntington: são as pessoas e não as civilizações que dialogam; as pessoas têm múltiplas filiações, que valorizam a seu modo, com intensidades diversas, eventualmente mutáveis, não tendo que circunscrever-se a um pré-programa civilizacional/cultural definido em termos religiosos; posso estar mais próximo do iraniano, civilizacionalmente diverso de mim, apaixonado por Dostoievsky, Kubrick e, claro, o FC Porto do que o vizinho do terceiro esquerdo consumidor de reggaeton, dos Morangos com Açúcar e, claro, benfiquista ferrenho.
Freitas do Amaral viu bem os novos templos da razão – apesar das limitações e insuficiência desta, como convém lembrar – como promotores de trocas entre pessoas, estudantes, um novo Erasmus, não necessariamente incidindo apenas sobre os alunos do Superior, capaz de fazer mais pela compreensão mútua do que a benemérita e voluntariosa “aliança de civilizações”.
10- Música e Arquitectura, outras cadeiras a incluir nos curricula – propõe Steiner. Quem leu essas Presenças Reais, do mesmo autor, que povoam as melodias, mistério, compreensão mais funda e fecunda de uma tradução última que tantas vezes esbarra nas palavras, mas que a música converte em verdade, percebe que limites pode tocar a intuição. Se bem que Depois de Babel, não seja possível descurar, na verbalização, o modo como o uso do contrafactual (e se…) ou de formas futuras (irei, farei…), face às dificuldades do presente, ajudou à conservação da espécie – prodigiosa leitura. E a Arquitectura de formas e linhas perfeitas, estruturantes, passíveis de nos mostrarem “a forma nua” (numa leitura à lá Bell) e nos tocarem na sensibilidade de uma concentração derradeira, da arte pura? Visão elitista a que nem todos teriam acesso, eleitos sem justificação perceptível (Nigel Warburton, O Que é a Arte?).
Ora, sendo o espaço público de todos e para todos, mudar a arquitectura é incluir os que possuem alguma desvantagem motora, ganhos comuns na compreensão de uma dignidade da pessoa humana – e, ao contrário de Peter Singer, em Ética Prática, em meu entendimento, há um continuum na pessoa humana, que não se compadece com diferenciações entre o momento em que apenas pertence à espécie e aquele em que se torna pessoa, isto já quando consegue perpcionar-se, compreender-se, “reflectir-se” e projectar-se no futuro, bem após o nascimento, com as consequências que uma racionalização desta natureza subjaz – que reclama completude: fundada num respeito que não discrimine quem não se insere nos modos de vida-padrão societários – como acontece com os mais velhos, forma privilegiada de sofrerem exclusão – ou apresente características físico-mentais diversas da maioria – há muito a aprender com eles sobre o humano. Incisiva sobre este ponto, Martha C. Nussbaum (Las Fronteras de la justicia) adiciona novo paradigma nas relações dos países mais desenvolvidos com os mais pobres. É impossível a indiferença para com os que se dispõem a morrer, em barcaças sem qualidade ou segurança, chegando ao mundo opulento moribundos, tais as condições de vida na terra dos avós e dos primos, dos filhos e dos amigos que se obrigam a largar. Partindo das boas observações de Charles Beitz e Thomas Pogge, a sugestão de estender a concepção rawlsiana (da posição original) num quadro nacional, internacionalmente: não é moralmente justo que por se nascer em um país mais ou menos rico e/ou estável (por analogia com uma família, dentro do quadro nacional de Rawls), se fique condicionado decisivamente, no que ao desenvolvimento pessoal respeita. Escasseiam medidas operativas, é certo, nesta abordagem, mas desde logo, falta governança mundial. Regulação global. E um redescobrir, proposta de Nussbaum, com Grócio, a ratio de intervenções humanitárias. Da nossa responsabilidade para com o outro. Com a ênfase na pessoa e nos povos, mais do que nos governos. Sem exagerar as ameaças em favor de guerras instrumentais; respondendo ao rosto que me grita, que me ordena não matarás (Levinas). Mais do que uma obrigação de non faccere, uma resposta positiva: é dizer eis-me aqui, ser humano é isso.
11- A Escola é prioridade, mas indagar se o meio é estimulante, indispensável, simultaneamente. Está disponível on-line (http://www.serralves.pt/fotos/editor2/inserralves/Estudo%20Macroeconomico%20Relatorio%20Final.pdf) o estudo macro-económico que a Junta Metropolitana do Porto, a Casa da Música e a Porto Vivo, Sociedade de Reabilitação Urbana da Baixa Portuense promoveram, referente à avaliação da possibilidade de “desenvolvimento de um cluster das indústrias criativas na região Norte” portuguesa.
Insertos em tal marco geográfico, importa atentar no documento em causa. É um texto interessante e merece bem a leitura: faz o diagnóstico, descrevendo constrangimentos e potencialidades; identifica oportunidades; propõe soluções, tudo no quadro das infra-estruturas, instituições e recursos humanos susceptíveis de alavancar a hipótese enunciada em epígrafe.
Mais centrado, é certo, no Porto e sua área metropolitana, o estudo aponta Braga, a sua demografia, juventude, movida e Universidade como pólo(s) atractivo(s); Guimarães com forte potencial, caso vença, como se espera, o desafio de capital da cultura de 2012; Aveiro com unidades relevantes na aposta em I & D, numa Universidade reconhecida. Depois, bom, depois há um significativo parágrafo sobre Vila Real: “ não obstante a sua posição privilegiada nos cruzamentos do IP4 e IP3, e consequente ligação ao Douro, Centro e Espanha (Chaves-Orense, Bragança-Zamora) não apresenta dinâmicas significativas no que respeita à ecologia criativa, e o esforço de incorporação desta dimensão passaria obrigatoriamente por um forte voluntarismo, sendo que não será de excluir o apoio a todas as dinâmicas que surjam nomeadamente nas redes de ligação transfronteiriça, e no que diz respeito á posição privilegiada de Vila Real, como porta para o Alto-Douro vinhateiro”.
Que ecologia, que ambiente criativo é este de que estamos privados? Comecemos por uma definição simples. Indústrias Criativas são a Arquitectura, Publicidade, Artes Visuais e Antiguidades, Artesanato e Joalharia, Design, Cinema, Vídeo e Audiovisual, Artes Performativas, TV e Rádio, Software e Serviços de Informática. Uma boa ecologia local exige galerias, museus, auditórios, programação cultural – e esta reclama rede de espaços e serviços; locais para ensaios, ateliês, territórios de trabalho devidamente equipados; acesso a financiamento especializado (existência de recursos públicos); moradas onde os profissionais se possam encontrar, partilhar e construir relacionamentos que contribuam para a troca de ideias e ainda um sentimento de propriedade, dos criadores, sobre tais edificações, permitindo-lhes imprimir a sua identidade. A inclusão de aposta em I & D – o exemplo dado é Braga nas engenharias de materiais e de polímeros – é crucial. E espaços não monotemáticos, mas lugares interdisciplinares de encontro. Fundamental, do mesmo modo: uma robusta parceria autarquia-universidade. “O poder político deve fazer o papel de motor de arranque (legislação, infra-estruturas, derrube de barreiras físicas e jurídicas, apoios, enquadramento fiscal)”.
12 – “A criatividade daqueles que habitam e lideram uma cidade determina o seu futuro”, pode ler-se, sem surpresa, no relatório final, da elaboração vinda de mencionar.
Um exercício de cidadania passa, pois, também, por aqui, pelo momento de proposta.
Sofrendo um vasto conjunto de obras, nos anos mais recentes; com equipamento audiovisual disponível; know-how feito de experiência, a zona do Pioledo, em Vila Real, mais concretamente a sua antiga sala de cinema, bem poderia ser alvo – se se procurasse promover um entendimento alargado entre os detentores de tal área de jurisdição – de uma parceria publico-privada, que pudesse recriar o local (se precisássemos de alguma inspiração, evocaríamos a sala Passos Manuel, no Porto, reformulada, igualmente nos últimos anos, com inegável vantagem face ao estúdio anterior; ainda que em Vila Real, obviamente, um espaço sob outras formas, linhas e cores, projectando a arquitectura, os criadores locais). Seria paisagem multiforme, de cinema e de teatro; de exposições e artes performativas; de concertos – a música ao vivo vai ganhando relevância ao nível da facturação da respectiva indústria, como se refere no dito estudo – conferências. A perspectiva não monotemática vingaria.
De resto, a forte inclinação da cidade para a margem do Teatro Municipal e do moderno centro comercial a ele contíguo, e, bem assim, dos jardins junto ao Corgo suporiam, numa lógica de harmonização das várias “geografias” e “clusters” da cidade, uma aposta neste sentido.
Porventura melhor ainda, mas talvez com custos acrescidos, um imóvel com a caracterização descrita, não já na zona anteriormente mencionada, mas no centro histórico vila-realense, desertificado no ocaso de cada dia, despido de gente e alma, sem vida. Uma das prioridades acometidas ao consórcio que efectuou o estudo passou, aliás, grandemente, pelo ultrapassar dessa irreversibilidade de abandono e degradação dos centros históricos, onde a visão preconizada pudesse vir a gerar um conjunto de intervenções públicas (o documento foi pródigo nos exemplos britânicos de recuperação de tais locais; um leitor de Orwell, não terá deixado de notar como n´O Caminho para Wigan Pier, Sheffield já não é um espelho de horrores, mas um bom aluno de uma requalificação que pode ensinar-nos).
13- Na parte das soluções em busca do “cluster” pretendido, uma das recomendações feita neste estudo é a seguinte: que no ensino Básico e Secundário os alunos sejam motivados e levados a concertos; exposições; conferências; peças de teatro; contacto com artistas; afastamento do lado passivo, de espectador, e experienciar – por exemplo, um instrumento musical – em perfomance (potencialmente) inspiradora (para o futuro).
Aqui chegados, pensemos, por um momento, na semana mais festiva da cidade durante o ano – as celebrações de Santo António – período ao qual, de resto, são alocados substantivos recursos (financeiros). Repare-se na música que passa o dia inteiro na Avenida principal (pimba); na feira do livro (quase inexistente, replicando, para pior, a oferta disponível na cidade durante os restantes meses); no teatro (nem uma única peça, nesse período, especificamente a ele dedicado); conferências (houve uma, este ano, na Sé, dedicada a Santo António); cinema (nada). Em todo o caso, cremos que uma perspectiva ensimesmada, que recuse outras modas que não sejam unicamente as nossas marchas, com medo da saída do vil metal para outras paragens, não é alternativa (paradigmática).
O cinema, configurado por linguagens fílmicas tão plurais, quanto o cinema de autor, clássico, documentário, independente, curtas-metragens, de animação, etc., nunca pareceu merecer cuidados de maior pelos poderes públicos com responsabilidade na polis e apenas conhece o horizonte comercial – no shoping center local – e a honrosa excepção que constitui a disponibilização de alguns dos melhores filmes da actualidade, pelo GACU, no Teatro Municipal, a cada quinze dias, nos meses lectivos. Indispensável, desde já, a configuração atempada de futuras sinergias com a cinemateca (ou um novo pólo da Cinemateca) a instalar na cidade do Porto, que deverá estar ao serviço de toda a região (e do país, naturalmente). Na vertente cinematográfica – mas na cultura, genericamente – aplauso merece a não acomodação presente na actividade da associação Espontânea.
Na música, a inexistência de locais de actuação de bandas de garagem endógenas – a excepção é a semana, muito concorrida, do Rock Nordeste – já em número considerável, poderá levar ao atrofiamento de um desenvolvimento ulterior desta dinâmica. E, bem entendido, o exemplo das bandas de garagem serve às demais manifestações/expressões musicais. Sobretudo, mais presença de qualidade de música que ousa questionar a condição humana, no tríptico teatro-música-literatura (ópera). Abrir novas janelas.
Em 2011, a sugestão do relatório para a Comissão Europeia, redigido pelo eurodeputado, escritor, poeta, ensaísta, cronista, jurista, tradutor Vasco Graça Moura o ano será dedicado aos autores clássicos da antiguidade, em toda a Europa (o relatório, na proposta de baixa de IVA para os livros; no intercâmbio impulsionado entre artistas, na UE, ou no novo mapa dos monumentos europeus, com vista ao redinamizar do turismo cultural, no Velho Continente, merece destaque). As edições inúmeras, certamente. Vila Real estará preparada para, finalmente, na área do teatro, nos dar a ver a Antígona e o Rei Édipo, de Sofocles, As Bacantes, de Eurípedes e tanto mais? Anos a fio a exaurir Gil Vicente, Garcia Llorca e, acolá, Garrett – autores sempre a revisitar, com certeza – darão agora, lugar, a uma outra contratualização e incentivo às companhias de teatro locais – saudação à mais recente companhia vilarealense, Trouche Mouche – capazes de nos pôr a discutir, na primeira das duas obras citadas, a perenidade/relativismo dos valores, a família e/ou o vínculo à cidade, o indivíduo e a comunidade, a relação entre irmãos (e todas as outras arrojadas teses da obra homónima de Steiner)? Para voltar a datas com autor, estejamos, ao nível da programação cultural, atentos a 2009, ano Frederick Chopin.
Quanto à discussão cidadã, no que a conferências capazes de suscitar amplo debate público diz respeito, penso que jamais se devia esquecer o momento singular, na História nacional (e local/regional), que constituíram as invasões francesas, na aurora do séc.XIX, e respectiva vitória sobre as mesmas, no que teve por consequência a manutenção da independência nacional (se bem que uma independência…muito dependente, face aos ingleses). Estão a comemorar-se os duzentos anos sobre esse acontecimento de primeira ordem, num país com idade tão respeitável, quanto o nosso. Deixar passar em claro – em exposições, peças, documentários, filmes, ensaios, recriações, etc. – esse momento marcante, que teve, ademais, Trás-os-Montes por palco, é negligência que gostaríamos não ocorresse. Mais não fosse, uma figura tão polémica quanto D.João VI, caricaturado e ridicularizado pelos historiadores e escritores temporalmente mais próximos do monarca – leia-se, entre alguma história e muita ficção, as descrições hilariantes de Raul Brandão em El-Rei Junot: os traços físicos glosados, a mulher, Carlota Joaquina, traidora, louca e maquiavélica acentuando o burlesco, a gula das pernas do frango espalhadas pelos casacos, as hemorróidas, o pio refúgio, missa hora-a-hora, em Mafra, a humilhação popular na embarcação para o Brasil… – mas recuperado pela historiografia mais recente – por todos, vide D.João VI, de Jorge Pedreira e Fernando Dores Costa – onde (o plano de) ida para os Brasis, levando simbolicamente a coroa, evitando o sucedido com os espanhóis, e lançando a unidade brasileira, é fortemente sublinhada, mereceria, acreditamos, o interesse dos mais jovens, cuja reflexão sobre o passado e a História nacional é tantas vezes determinante a um olhar penetrante do nosso tempo (o escritor Jordi Soler, em crónica no El Pais, mostrava, em um outro exemplo, como a compreensão de um fenómeno como a guerra civil espanhola era determinante para uma percepção actualizada, porque ali estava a génese do conflito larvar, da oposição entre forças institucionais – políticas e religiosas – muito relevantes na sociedade espanhola, hoje por hoje).
Ao debate – e julgamos que Valentim Alexandre e Vasco Pulido Valente seriam duas boas escolhas, nesta trama – e em diálogo multidisciplinar, seguir-se-ia um quadro de Goya, Os desastres da guerra, a soldadesca napoleónica implacável, os manetas que nos chocam pela brutalidade exibida na imagem e a pergunta para que serve a imagem, e se pedimos o mesmo a um quadro ou a uma fotografia, se é verdade que ao primeiro desculpamos a ficção, o retrato imperfeito, crivado pelo subjectivo, e no segundo dos casos exigimos objectividade, a realidade tal qual, a verdade (Susan Sontag, Olhando o Sofrimento dos Outros). E daí se há fotografias (ou textos) que podem fugir-nos da mão, se há um conteúdo imanente que transcende o seu autor – “a origem da arte é a arte (…) a obra deve ser libertada para o puro estar em-si-mesma (…) só ela está aqui em questão, o artista permanece algo de indiferente em relação à obra, quase como um acesso para o surgimento da obra”; pois, “por meio e a partir do quê é que o artista é o que é? Através da obra; pois é pela obra que se conhece o artista, ou seja: a obra é que primeiro faz aparecer o artista como um mestre de arte. O artista é a origem da obra. A obra é a origem do artista. Nenhum é sem o outro”, escreve Heidegger, em A Origem da Obra de Arte – se importa o que o autor diz que diz a foto, se precisamos de legendas ou estas desvirtuam, se ao texto elitista, de vocabulário inacessível para alguns, se segue a foto democrática, por todos inteligível, ou que questões (maxime, de manipulação) coloca o photoshop. E no quadro de Goya, a arte enquanto manifesto, para nos fazer sofrer, nos alertar, oposta a uma arte pura, despreocupada, em absoluto, com o contexto, a história, o tempo, em busca da forma, da técnica, da estética tão só, a arte pela arte – será mito? Pois que sim, pelos preconceitos que levamos enquanto artistas ou espectadores, nunca é (uma) tábua rasa que pinta o quadro, que observa o quadro (Orwell, Porque escrevo e outros ensaios).
A discutir, com inegável interesse, na minha opinião, a questão (do alargamento) da autonomia das escolas (na contratação dos docentes e não docentes; na composição directiva formada ou não por professores; nas fontes de financiamento; nos currículos).
Concessão liberal neste texto: Jonh Stuart Mill é convincente, em Sobre a Liberdade, num intenso libelo a favor do homem livre, ruptura com a tirania da maioria, indissociável da liberdade de projecto educativo – “ tudo o que se tem dito sobre a importância da individualidade do carácter, da diversidade de opiniões e de modos de conduta envolve, com a mesma indescritível importância, a diversidade de educação” (pág.106, On Liberty). Por um lado, ficaria assegurada a obrigatoriedade de educação universal (como já hoje acontece, obviamente); seriam pagas, na totalidade, as despesas escolares de quem não tem quem pague por elas e custeadas, equitativamente, as restantes; existiria um currículo mínimo nacional, regularmente examinado; mas, a partir daqui, a possibilidade de desenvolvimento, por cada escola, de um projecto educativo autónomo estaria consagrada – e isto significaria que, muito embora não devamos cair na ingenuidade de olhar sebastianicamente para as indústrias criativas, elas poderiam ser forte aposta de uns quantos projectos (ou, por exemplo, teríamos escolas que promoveriam, especialmente, o desenvolvimento, pelos alunos, de línguas estrangeiras; faltam tradutores de maltês na UE, assinala o ex-eurodeputado, historiador, ensaísta José Pacheco Pereira; mais, o russo e o chinês serão línguas de futuro…). Como nos mostra o mais recente estudo efectuado, sobre a matéria, no Brasil (Veja, 20/08/08), quaisquer mudanças na oferta escolar só ocorrerão se e quando os agentes educativos – pais, professores e até alunos, além de parceiros de referência, como as autarquias – considerarem possível e desejável – e, de preferência, envolvendo-se em tal causa – a melhoria do ensino. Importa discutir, Vital Moreira e Adão da Fonseca, com horizontes antagónicos sobre a matéria, já apresentados na esfera pública, seriam bons guias.
Ficam, a título exemplificativo, estes dois convites ao debate. O decisivo, afinal, seria o hábito, a regularidade instituída de discutirmos a cidade e de não ter medo do confronto que é vital à democracia (e aqui me aproximo mais de Ranciére do que de Rawls).
Noutro prisma, diríamos ainda que o personalismo que atende ás pessoas, às tradições, à sua ligação e identidade – a revalorização do linho, do barro, dos pitos de Santa Luzia, das cristas de galo, do artesanato em geral, a aposta nas marchas, nas tunas locais – faria parte, também, de um bom governo local. É certo que não é de negligenciar a possibilidade de na passagem do personalismo à personalização, a denodada atenção ao outro dar lugar a uma dimensão extremadamente individualista, onde tudo é configurado em função da característica própria do indivíduo/ consumidor (e não das ligações múltiplas e da identidade daquela pessoa).
14- Regressemos ao estudo macro-económico indagador da possibilidade de emergência de um cluster de indústrias criativas, a Norte do país. Por que são ali descritas como soluções as actividades, referidas, a concretizar no Básico e Secundário?
Estando no domínio económico, sobretudo por dois motivos: para que se estimule a produção criativa (no fundo, para que se “criem” artistas, agentes culturais), mas, não menos importante, para que se possa gerar público (suficiente) interessado em exposições, concertos, teatro, cinema, etc., capaz de aderir a tal “produção”; numa palavra, para que haja “consumidores”. “Produtores” e “consumidores”, para que haja “indústria”.
15 – Embora dominados pelo jargão económico – estamos sempre a utilizar conceitos como “mais-valia”, “activos”, “passivos”, etc. – creio que o ponto de partida da educação pela arte bem poderia ser o despertar dos sentidos e da sensibilidade, a procura da Beleza e do Bem, da Verdade, o alargamento de horizontes, a quebra de preconceitos, o respeito pelo passado, o espírito crítico, a busca da justa medida, ganhar mundo, criar silêncio, procura da transcendência…
Ou então dar aquela resposta, magnífica, como justamente assinalou João Pereira Coutinho (no Expresso), que a pianista portuguesa Olga Prats transmitiu num imperdível Pessoal e Transmissível (TSF): o que me dá a música? A música nunca me falhou. Já houve pessoas que nos falharam, pessoas que inclusivamente desapareceram (faleceram), mas a música nunca me falhou. Na conseguida síntese do cronista, a música como o livro. Os amigos que não tivemos, os sonhos que não sonhámos. O lugar onde nunca estamos sós. É isso o que a música, o livro nos dão. Em vez da proposta técnica que encima este parágrafo, própria de caninos – diria Coutinho – esta melodiosa e autenticamente humana asserção de Prats.
Alargamento dos modos, das possibilidades de ser, é, ainda, teleologia que surge, lendo as Presenças Reais, de Steiner, como bem assente à diversidade cultural que a educação artística forneceria. Penso nisto, nesta dimensão pública de Educação, mas ainda na dimensão privada da mesma, porque aí, igualmente, de forma pensada ou inconsciente – e para mim, melhor se racionalizada – manifestamos um dado ideal – o nosso – de Homem (com os constrangimentos que cada realidade, de cada um, oferecerá, naturalmente).
E fito Aristóteles, e o bom julgador, na Ética a Nicómaco: “bom juiz é quem passou por um processo de educação acerca de tudo”.
16- Seria injusto não reconhecer: a densidade populacional é factor extraordinariamente relevante para a criação de uma ecologia criativa. O estudo refere esse dado. Ao mesmo tempo, porém, cita o festival de curtas-metragens, de Vila do Conde, como um evento de dimensão europeia; o festival de animação de Espinho, reconhecido internacionalmente; a festa de rua de Santa Maria da Feira como a maior da Europa. E em matéria de elogios, os autores do paper não deixaram passar em claro a recuperação e transformação de uma antiga fábrica em S.João da Madeira em um fervilhante centro de incubação de indústrias criativas (e, claro, a comparação com a situação, anos a fio, do “Hotel do Parque”, em Vila Real, favorecendo, ao longo dos tempos, actividades ilícitas e a feia grafitização do local – certamente ilícita, também – inevitável para nós: não poderia ser aquele um espaço incubador de criatividade?). Marcas registadas. E se deixássemos o estudo, e as referências nortenhas, sempre ressaltaríamos o festival Músicas do mundo, em Sines – revitalizador de toda uma cidade, mesmo ao nível arquitectónico – a festa de artesanato da feira do Chocolate, de Óbidos (a que juntaríamos a ópera ao ar livre, a feira medieval), o Festival de cinema de Tavira…
Se é preciso que os que nunca tiveram oportunidade de aceder a´Os Pássaros, de Hitchcock e, a partir dele, a uma dialéctica com as decisivas reflexões sobre o mal e a culpa, por parte de Hannah Arendt ou Santo Agostinho; se é preciso mostrar a que ponto radical coloca Kubrick a impossibilidade de (re)aprendizagem e (re)educação, em Laranja Mecânica; o modo extraordinário como Fritz Lang “desconstroi” o nacional-socialismo, em O Testamento do dr.Mabuse; o real/irreal, as máscaras do quotidiano, os deuses ex-machinas, o voyeurismo, o misterioso como franqueador de uma raiva incontida por uma ausência tão dorida, em Persona, de Bergman; ou essa extrema denúncia do fascismo, controlador de corpos e mentes, em Saló, de Pasolini – para dar apenas alguns exemplos – possam dispor dessa mesma possibilidade – o DVD com o filme de Kubrick, vindo de mencionar, encontra-se disponível na Biblioteca Municipal – é também para que possamos fixar, ao mesmo tempo, entre nós, aqueles a quem se convencionou chamar “sectores mais dinâmicos da sociedade”.
É preciso que tenhamos a noção: Vila Real perde, semanalmente, gente que vai até à animação de Ourense; que arrisca a música clássica em Corunha, se a festa do emigrante é entregue a Quim Barreiros; percebe a movida de San Tiago de Compostela como bem mais atractiva e estimulante; está disposta a aventurar-se no festival de Teatro de Mérida, para ver e sentir os clássicos gregos que por cá não passam. A Galiza, fronteira imediata, apresenta uma oferta cultural que um público mais exigente preferirá, em absoluto, a uma letargia que não perceba os desafios que importa vencer. Vila Real ganhou, nos anos mais recentes, um conjunto de equipamentos culturais bem apetrechados, modificando, sem dúvida, o panorama de marasmo entorpecedor em que se vivia. Alguns protagonistas e obras de grande qualidade ficaram acessíveis. Billy Cobham, Lizz Wright, Andy Mckee, Dulce Pontes, Diego Figueiredo, Eunice Muñoz… A cidade aderiu a esta viragem. Mas importa reconhecer que não chega. As lacunas, aqui identificadas, em domínios como o teatro, o cinema, a discussão pública, entre outras, se não colmatadas, afastarão os mais aptos da “sociedade da informação e do conhecimento” e contribuirá para a diminuição da “massa crítica” disponível. A cidade beneficiaria, ainda, para permanecermos em terreno económico de uma “vantagem competitiva” que a singularizasse (e que não fosse cópia do existente). É essa a demanda dos que “lideram e habitam” a cidade.
17- A densidade populacional é importante, também, porque onde ela é intensa, há, normalmente, diversidade cultural. Que é fundamental á criatividade. Amartya Sen, que questiona a perda de liberdade em função da preservação da diversidade, em Inglaterra – para voltarmos a Identidade e Violência – reconhece, contudo, quanto a diversidade é frutuosa. Neste âmbito, a proposta de que pelo menos no seio do Conselho Municipal da Juventude – órgão de consulta e coordenação ao nível das políticas relacionadas com os jovens, no nosso concelho – se proceda a uma alteração dos respectivos Estatutos que conduza à acomodação, nesta sede, dos alunos Erasmus, da UTAD. Não temos verificado uma atenção e vontade de aproveitarmos a contribuição que pode ser dada por quem vem até nós vinculado a tradições, culturas e identidades tão diversas. O Conselho da Juventude seria uma das formas da cidade/concelho os reconhecer, acomodar, ouvir as suas propostas.
Anuncia-se, á semelhança do que sucede em muitas outras cidades europeias, a construção, em Vila Real, na Vila Velha, de um edificado, onde possam ficar instalados os alunos Erasmus. Uma opção legítima e respeitável. Mas muitas das cidades nas quais tais prédios existem, são urbes de dimensão muito considerável. Convenhamos, não é o caso de Vila Real. E, simultaneamente, tal acantonamento Erasmus, fundado, com certeza, na louvável convicção de proporcionar melhores condições e conforto a quem vem até Vila Real estudar, não deixa de conferir uma perspectiva comunitária a cada novo estudante, quer dizer, os novos alunos percepcionados enquanto comunidade e não na sua individualidade pessoal. Esta é uma distinção liberal cuja apreensão urge contemplar. A integração, num meio pequeno como o nosso, estaria facilitada; o tempo, curto, á procura de casa, assim (re)compensado na osmose com a restante população contribuiria, ainda, para pequenas economias, conseguidas, pelos nossos conterrâneos, como até aqui, com o arrendamento. São outros, é certo, e quem não reconhece o outro como outro não se (re)conhece, como diria Montaigne, mas seriam outros/nós, e nós-outros, mais ricos, durante pelo menos seis meses.
18- Como nos verão dentro de trinta, cinquenta anos, os novos vilarealenses? Imaginamos o telescópio de Marte virado para cá, para a Vila Real de 2009? O que dirão, então, das acções e omissões de hoje, que neles se repercutem? Teremos vilarealenses a ajudar a colonizar um novo universo (de descobertas pelo meio)? Que lugar será Vila Real, quando vivermos em outros planetas? Chegará a ciência a um limite, além de ético, ontológico e gnosiológico, ou o conhecimento científico será sempre ilimitado e inexaurível, pois tal faz parte do seu ser? Descobriremos outras vidas inteligentes? Como nos faremos compreender? Terá tido razão Al Gore ou Bjorn Lomborg, quanto (ao nível de) degradação ambiental do planeta?
Terá intuído Vila Real que mais do que o integralismo religioso, o perigo poderá vir do passado, do nacionalismo que parecia afastado e dos choques que daí advêm? Como se dotará para falar com cidades de um mundo multipolar, em que o segundo mundo – a Índia, o Brasil, a Rússia – ganha voz crescente e se impõe? A excelência científica cativará mais e melhores actores na nossa Universidade, ou, a desertificação é assumida como inelutável? Começarão, desde já, aulas de chinês, indiano ou russo? Dada, aliás, a baixa demográfica das próximas décadas, que estratégia de combate ao envelhecimento populacional local e á fuga de talentos? Como lidaremos com a imigração ou as cidades com quem estamos geminados? Na competição inter-cidades, como se preconiza a relação com a Galiza? O Corgo já terá secado? E o Corgobus, que felizmente contempla nas suas paragens atenção com aqueles que poderão padecer de algum problema motor (e há que registá-lo com muito agrado), evitará as maratonas de madrugada que os mais afastados da cidade têm que fazer, se querem vir à escola? Que serviços entendemos como estratégicos como não podendo, em definitivo, sair de Vila Real? Que tipo de empregabilidade vislumbramos em Vila Real para os próximos anos – se capazes de atrair avultados investimentos e forte criação de emprego, será este estruturante? E estamos preparados para consequências negativas, sociais, que advenham de forte desemprego? Como incentivaremos a iniciativa individual, a empresa, a resposta institucional – não necessariamente do sector financeiro – à questão do microcrédito? Quando a privatização do espaço público não cessa de aumentar, há sério desinteresse do público; o desinteresse do público conduz a uma maior privatização (Zygmunt Bauman, A Vida fragmentada). Porque não aproveitar as festas da cidade para um exercício de cidadania, mesmo nas escolas, como sucede por esse mundo fora, para, como sugere Pedro Magalhães, simularmos eleições, tendo cada jovem que apresentar programa e argumentos na agora, intuindo as regras da democracia quando o desleixo, o boicote, a indiferença são grandes (mas não só, diga-se, nem talvez mais preocupante, nos mais jovens)? E porque não, logo, mostrar as instituições mais relevantes da cidade, o seu modus operandi, algumas regras fundamentais da Constituição e até normas do direito de trabalho em vigor?
O legado será o de uma cidade dinâmica, criativa, propulsora do conhecimento, ou uma urbe que não estimula e repele, que não fixa nem contribui para o catapultar de uma “classe média do conhecimento” (Paulo Castro Rangel)? Podemos ou não, dado o tempo que não perdemos nos transportes, o trânsito razoável que suportamos, o emprego próximo de casa, gerar excelência?
Por que novas competências (legislativas) deverão os órgãos municipais lutar, que transferências do poder central para o local, e com que finalidade? Que horizonte para o planeamento urbano, censurado, também, por quem nos visita (leia-se, a propósito, a última reportagem do DN, em Vila Real)? Que posição tomaremos em matéria de regionalização: uma aposta na liderança do Norte do país (como defende Miguel Cadilhe)?
É tempo de decisões.
19 – Em prefácio subscrito em 2000, para nova edição de O Labirinto da saudade – psicanálise mítica do destino português, Eduardo Lourenço já diagnosticava os sinais, cinzentos, de uma era pós-cristã, em Portugal e no Ocidente (se bem que questionando a pureza desse cristianismo português, muito paganismo à mistura, durante tempos sem fim). Em A morte de Portugal, Miguel Real é lúcido quando, precisamente, identifica menos no “decadentismo político” e mais em “um fenómeno de aceleradíssima descristianização e desumanização ética da sociedade numa tecnocracia científica anónima que nivela as nações (…) comandadas por títeres janotas que transfiguram a nobre arte da política numa cinzenta cadeia técnica de raciocínios causais” um esgotamento de uma certa particularidade nacional. Uma visão concordante com a caracterização do fenómeno da pobreza apresentada em Um Olhar sobre a pobreza, coordenado por Bruto da Costa. Da rede de assistência individual, incluindo hospitais, albergarias, fraternidades para os mais pobres, na Idade Média; da Lei das Sesmarias, de D. Fernando, em 1375; da prática da medicina levada a cabo por monges e outros sacerdotes seculares; das ordens religiosas que introduziram as primeiras actividades educativas no país; das confrarias, associações voluntárias de cidadãos cristãos; das Misericórdias; dos socorros-mútuos, há uma herança que é, hoje, mau grado o voluntariado de associações como o Banco Alimentar contra a fome, seriamente questionado, efeito de duas tendências conjugadas: visão “pré-científica” da pobreza, atribuída a “pobreza hereditária”, “falta de sorte” e “preguiça”; diluição da responsabilidade individual para com os mais fracos, transferindo para o Estado todas as soluções, mas, ao mesmo tempo, reclamando a diminuição estatal.
Miguel Real exemplifica a descristianização, em Portugal: “o alto valor concedido aos novos costumes que têm por centro o corpo, erotizando a sociedade; a lei da interrupção voluntária da gravidez, secularizando a vida como um valor de mercado; (…) a manipulação genética de carácter eugenista; (…) a suspeita de futura abolição dos feriados nacionais com conotação religiosa; a mercantilização das festas religiosas (Natal, Quaresma, Páscoa); uma incessante busca de prazer e felicidade sustentados em exclusividade no bem-estar do corpo (…) provam a existência de uma profundíssima descristianização de Portugal, de efeitos absolutamente imprevisíveis na criação de uma sociedade futura desprovida de éticas espirituais assentes em valores humanistas, porventura obediente a um totalitarismo tecnocrático e informático, no qual os portugueses abdicarão da sua liberdade em nome da segurança e abastança” (pág.18).
O manifesto deste especialista em cultura portuguesa, romancista, ensaísta, dramaturgo, Professor de Filosofia – que foi Prémio Revelação de Ficção da APE/IPLB, em 1979; Prémio Revelação de Ensaio Literário da APE/IPLB, em 1995; Prémio LER/Círculo de Leitores, em 2000 e Prémio Literário Fernando Namora, em 2006 – comporta um olhar outro sobre o país, um autêntico murro no estômago do actual estado de coisas, que não podemos deixar de assinalar: “Bom governo seria hoje aquele que, por múltiplos meios, apostasse, em fazer de cada português, não um robot técnico de fato cinzento, camisa azul e gravata verde ou amarela (actual fato-macaco do cidadão técnico) (…) mas um homem culto, consciente do seu lugar na sociedade e na história. Portugal precisa menos de um choque tecnológico (…) e mais de um choque cultural, elevando cada cidadão a um exigente patamar de conhecimento humanista e cívico que, por arrasto, geraria inevitavelmente o desejado choque tecnológico. Primeiro, a cultura, o espírito, a transcendência; depois, por inevitável arrasto de exigência cívica, o progresso tecnológico (…) Todas estas medidas estariam certas se fossem acompanhadas pelo reforço de uma visão humanista e cultural da escola, tendentes a complementar tecnicamente a consolidação de um universo ético na escola fundado nos valores da dignidade, da partilha, da solidariedade, da honestidade, da lealdade, da honradez. Diferentemente, estas medidas tecnicistas, sem sentido moralmente transcendente, resumem-se a acentuar a vertente individualista e instrumental da escola, gerando cidadãos unidimensionais, submetidos exclusivamente á omnipotência do dinheiro e ao prestígio narcisista do poder, acentuando fortemente, desde a idade pré-escolar, os valores ligados á tecnocracia, a inveja, a cobiça, a ambição egotista, a manha, a dissenção (…) É um novo Portugal que está nascendo, sem sublimidade, sem espiritualidade, sem projecto superior às suas forças e à sua dimensão, o Portugal dos burocratas, o Portugal dos engenheiros e economistas, o Portugal dos pequeninos, fundado no racionalismo tecnocrático, assente na omnipotência do mercado e do dinheiro, activando ideias exclusivamente utilitárias”.
Se as humanidades não humanizam (Steiner), se são impotentes ou mesmo colaborantes com a tirania; e se até florescem, colocando maior acuidade e primor na capacidade criadora em períodos de asfixia da liberdade (tese que afasta o Steiner de O Silêncio dos Livros, do Orwell do Porque escrevo e outros ensaios, o primeiro sustentando, o segundo refutando tal teoria) em que alternativa investiremos?
Viver come bruti (Dante), reconhece o autor de O Castelo do Barba Azul, não é conselho venerável. Fomos feitos, afinal, “para seguir a virtude e o conhecimento, onde quer que nos levem”.
20- E por fim me perguntam porquê o grego, porquê o grego nas escolas? E eu digo que é necessário voltar ao agape. O alfa e o ómega, o agape.
Pedro Seixas Miranda